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| Cátia Duarte, José António Pereira da Silva, Helena Carvalheiro e Margarida Carneiro |
Os investigadores verificaram ainda, nas experiências com modelos animais, que retirando as T CD8 do sistema, os ratinhos apresentavam melhorias muito significativas. Estes resultados, explica Helena Carvalheiro, primeira autora do artigo científico publicado no Arthritis & Rheumatology, jornal internacional de referência da área, «abrem portas para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos com o foco nestas células que estão a matar a células erradas porque perderam a capacidade de distinguir o que é estranho daquilo que faz parte do organismo».
Sendo a Artrite Reumatoide uma doença crónica que provoca a destruição das articulações e invalidez progressiva, a procura de novas respostas clínicas «continua a ser um objetivo nuclear, apesar dos notáveis progressos registados já na última década», sublinha o especialista da FMUC, José António Pereira da Silva.
Financiada pela ação Marie-Curie (bolsas atribuídas pela União Europeia) e por um laboratório de indústria farmacêutica, a pesquisa vai agora focar-se em «selecionar as vias moleculares intracelulares das T CD8 que podem ser modificadas geneticamente com fins terapêuticos, isto é, vamos avaliar como funcionam os sinais dentro destas células, através da análise genética, identificar os que estão alterados e proceder à sua reparação para que todas as peças da máquina voltem a funcionar em favor do doente», avança Helena Carvalheiro.
Cristina Pinto (Assessoria de Imprensa - Universidade de Coimbra)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva
