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| |Hélio Bernardo Lopes| |
Quando se concorre a um ato eleitoral, naturalmente, deverá estar presente o objetivo de vencer a eleição em causa. Simplesmente, tal realidade tem de possuir, a priori, uma probabilidade elevada, não podendo nunca comportar uma que seja francamente longe do meio da distribuição. Para que a probabilidade de vitória seja grande, não basta a qualidade autêntica, ou absoluta, do candidato. É essencial que este disponha dos atributos de cativação junto dos seus concidadãos. Ora, esta é uma realidade completamente ausente em Jaime Gama. Se olharmos para trás, facilmente se percebe que Jaime Gama nunca venceu uma contenda política direta.
É claro que Jaime Gama desempenhou todos os altos cargos a que foi chamado com maestria, mas nem mesmo isso é suficiente para se conseguir uma vitória eleitoral. Ainda que num contexto sociológico muitíssimo diferente, a verdade é que os líderes democraticamente eleitos como presidentes, nos Estados Unidos, estão a anos-luz de uma substantiva qualidade global. E mesmo na Europa, não faltam casos similares.
Custa, porém, entender que Francisco Assis possa ter imaginado – amito que a notícia é correta – que Jaime Gama poderia sair vencedor de uma contenda presidencial com Marcelo, ou Santana, ou Rui Rio, ou outros. É minha convicção que tal candidatura seria sempre uma candidatura de derrota anunciada, propiciando a repetição do já vivido terrível flagelo da Maioria-Governo-Presidente da direita de hoje. Até porque não existe outra.
