Um “dia demasiado importante para o concelho de Macedo de Cavaleiros. São 500 anos que celebramos, reconhecendo estes séculos de história de Chacim e Sesulfe, assim como de todo este território”, disse o Presidente da Câmara Municipal, para quem a “alegria das pessoas, o grande sentimento de reconhecimento pela importância das localidades onde nasceram e habitam”, foi o destaque principal das celebrações.
“(…) E qualquer pessoa que for contra este nosso Foral levando mais direitos dos aqui nomeados ou levando deste maiores quantias o havemos por degradado por um ano fora da vila. Fernão de Pina, Cavaleiro da Casa do Dito Senhor, o fez fazer por especial mandado de Sua Alteza o concertou e subscreveu-o.”
Os forais de D. Manuel I atribuídos entre 1495 e 1520, integraram a reforma administrativa do monarca, cujo reinado ficou marcado pela chegada à Índia e a descoberta do Brasil. Os “Forais Novos”, como ficaram conhecidos, desde logo marcantes pela grafia muito mais artística, numa linguagem mais acessível, estabeleceram uma determinada unificação administrativa nos diferentes territórios, evitando abusos dos nobres, nomeadamente em nome do direito de aposentadoria, quando chegavam às terras.
O Forais Manuelinos renovariam, assim, as anteriores Cartas de Foral de Sesulfe e Chacim. Sendo a de Sesulfe datada de 1302, outorgada por D. Dinis, e a de Chacim, ainda que sem uma data unanimemente aceite, seria, provavelmente, atribuído entre os séculos XIII e XIV. O concelho de Sesulfe estender-se-ia até 1836, altura em que passou a integrar o de Chacim, extinto em 1853, pela reforma de Mouzinho da Silveira, que criaria o novo concelho de Macedo de Cavaleiros, com as fronteiras que hoje conhecemos.
Nota de imprensa CM Macedo de Cavaleiros