‘Bora' renovar no Natal

|Tânia Rei|
Amanhã começam, oficialmente, as festas que vêm a ser antecipadas desde Outubro, por todo o lado.

O Anjo foi substituído por um anúncio de hipermercado e por blocos publicitários de brinquedos (isto pode não ser verdade, pois há um ano que não vejo televisão de forma atenta), e vem muito antes da hora marcada, porque agora tudo é passível de ser apontado em agenda – até o Natal. Ainda assim, e na teimosia infantil que me faz crer que hei-de ver o Pai Natal um dia, gosto desta época, gosto dos sorrisos no rosto, do “bom Natal” que viaja de boca em boca, impossível de controlar.

Para mim, não-crente assumida na fé cristã, o Natal poderia não ter qualquer significado. Não me julguem por uma gula inexistente, pois não me perco à volta de mesas recheadas com fritos, e a minha única tara fica na inovação do bolo-rei de chocolate.

O Natal é mais do que prendas, pinheiros (artificias, por favor), luzes e azevinho. O Natal é um estado de espírito. No Natal queremos ser bonzinhos. No Natal queremos dizer às pessoas que gostamos delas, nem que não seja de forma verbal. Queremos estar com elas, dar beijinhos e abracinhos, como que lhes dando a certeza de que estaremos ali, seja Natal, Páscoa ou outra coisa qualquer, menos boa.

No Natal todos gostamos da Mariah, de visitas não-planeadas e achamos normal gente a entupir estradas e superfícies comerciais. A época tem um andamento próprio, que não sei explicar. Nem quero. Fica assim, e fica muito bem.

Em frases feitas, o Natal deveria ser todos os dias. Disse-me alguém, mais ligado às lides religiosas, que o Natal é uma época de renovação. Por isso, hoje não quero passar devaneios ou teorias fabulásticas. Não.

Hoje, só quero renovar o meu agradecimento. Não sei se era bem esta ideia de renovação que me queriam passar, mas, pelo menos, foi assim que o entendi.

Tempo de agradecer à família, porque sim. Aos amigos - as palavras, as risadas e a compreensão. A quem me faz dar um pulinho todos os dias. A quem ainda nem chegou à minha vida.

E, claro, a quem lê estas linhas neste momento – obrigada.

Fica a dica – agradecer é bom e é do caraç…desculpem!... É do Natal.

Bom Natal!

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