Um pânico que cresce

Como já todos terão percebido, nas hostes políticas do PSD e do CDS/PP está a crescer o pânico com o desastre que se avizinha, agora que António Costa está prestes a liderar, formalmente, o seu partido. E compreende-se que assim seja, até porque já se percebeu que o tal magnífico Orçamento do Estado para 2015 constitui, afinal, mais um pesadelo que este Governo está a criar à enorme maioria dos portugueses. Já toda a gente se deu conta disso.

Perante tal realidade, compreende-se que os políticos da atual Maioria-Governo-Presidente deitem mão de tudo e de umas botas mais, de molde a tentarem criar algumas dificuldades àquele que já perceberam vir a ser o futuro Primeiro-Ministro de Portugal. E foi deste modo que nos surgiu o caso das taxas de que tanto se começou a falar nestes últimos dias, depois daquelas inenarráveis imagens de António Pires de Lima na Assembleia da República.

Desconhecendo a realidade da globalidade das taxas que a autarquia lisboeta aplica, a verdade é que não vejo como se pode condenar a ideia vinda a lume sobre uma taxa de entrada no Aeroporto Internacional de Lisboa ou no Porto de Lisboa. Nem compreendo o mal de se aplicar uma taxa por dia de ocupação nos hotéis do Concelho de Lisboa.

Não pensaria deste modo se essa taxa representasse uma parte elevada dos custos globais em causa. Mas se essa taxa representar uma parte ínfima dos mesmos, nem dela se daria conta se de si se não falasse. Para perceber este meu ponto de vista, conto aqui uma decisão por mim tomada com a minha mulher, logo depois de regressarmos de Almeida, pelo final do passado agosto.

Em conversa com um casal amigo, tomámos conhecimento de três locais de pernoita na zona de Macedo de Cavaleiros, que não conhecemos. À noite, usando a INTERNET, consultei os preços das estruturas em causa. Estes eram completamente exorbitantes para as nossas possibilidades, com os preços ao redor dos cinquenta a setenta euros por diária. Bom, acabámos por não ir passar a semana que havíamos imaginado. Mas esta teria igualmente sido a decisão se os preços por noite baixassem de um euro.

Quer isto dizer esta realidade simples: a galinha dos ovos de ouro nunca morrerá por via destas duas taxas, uma sobre as entradas no aeroporto ou no porto de Lisboa, outra no valor da diária nas estruturas hoteleiras. Mesmo numa estrutura pequena de capital de distrito, nunca será pelo acréscimo diário de um euro que quem ali possa pernoitar irá deixar de o fazer.

Por tudo isto, convém que o leitor vá estando atento às novas ferroadas da atual Maioria-Governo-Presidente, porque o pânico em face da vitória evidente do PS de António Costa é hoje um fenómeno com período de retorno quase diário. Um fenómeno que está para durar e que corre o risco de fazer correr muita lágrima.

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