Um movimento que se impõe lançar

|Hélio Bernardo Lopes|
A generalidade dos portugueses não possui hoje um ínfimo de interesse pela União Europeia ou pelo euro. E se em tempos, de um modo completamente alinhado com a moda veiculada pela grande comunicação social, foi dando vivas a um desastre a prazo, hoje, perante uma pobreza e uma miséria que vieram para ficar, de preferência com a democracia que se vai vendo servir os grandes interesses, os portugueses estão pelas pontas dos seus maiores cabelos com tudo o que possa prender-se com a União Europeia.

Ora, um dos fatores que mais tem contribuído para o atual enorme desinteresse, para lá da pobreza que a União Europeia nos trouxe, foi o conhecimento pormenorizado da riqueza recebida pelos funcionários da União Europeia e pelos eurodeputados. Valores pagos com o dinheiro dos contribuintes europeus.

Por estas razões, impõe-se que se lance, ao nível dos povos da União Europeia, um movimento que vise pôr um cobro nesta inqualificável situação de riqueza social dos atuais eurodeputados, bem como dos funcionários que fazem funcionar a respetiva máquina administrativa e política.

Mas é preciso ir mais longe, porque esse movimento deverá dar-se no sentido de exigir a proibição, para lá do seu baixo valor moral e ético, do que agora se veio a pôr a nu com o Luxemburgo de sempre e também do tempo de Jean-Claude Junkers. É uma iniciativa que, pelo que se vai podendo ver, não poderá surgir dos próprios partidos políticos, eles mesmos beneficiários das tais práticas imorais, mas dos próprios cidadãos e ao nível de todos os Estados da União Europeia. É um movimento que se impõe lançar.

www.CodeNirvana.in

© Autorizada a utilização de conteúdos para pesquisa histórica Arquivo Velho do Noticias do Nordeste | TemaNN