Cerca de 22 toneladas de fruta chegaram na passada semana a Bragança para serem distribuídas gratuitamente por Instituições de solidariedade do distrito de Bragança.
A fruta excedentária resultou do embargo imposto pelos russos aos produtos europeus, na sequência dos últimos desenvolvimentos da política internacional que envolve russos e União Europeia.
Este embargo criou uma desestabilização no mercado europeu devido à grande quantidade disponível de alguns tipos de frutas e verduras.
Os responsáveis pela agricultura dos 28 Estados membros da União Europeia decidiram por indemnizações aos produtores e agricultores europeus afectados por este bloqueio, num total que poderá ascender a 420 milhões de euros.
Os agricultores são indemnizados pelas perdas, mas os produtos estão a ser distribuídos gratuitamente às populações mais carenciadas e a instituições de solidariedade social que prestam serviços por todo o país.
Bragança surge assim como um distrito beneficiado. O Banco Alimentar Contra Fome é a instituição que está a fazer a recolha destes excedentes e a coordenar a distribuição dos mesmos pelas instituições nacionais.
A delegação de Bragança da Cruz Vermelha é a parceria que ajudou a indicar as instituições beneficiárias e a resolver as questões logísticas, segundo o responsável Fernando Freixo.
De acordo com o responsável, citado pela Agência Lusa, os bancos alimentares estão a fazer parcerias para que os excedentes de fruta e legumes cheguem a todo o país e afiançou que agora "abrange todos os distritos de Portugal, ao chegar a Bragança". O plano vai prolongar-se até ao final e dezembro e, segundo adiantou, Bragança deverá beneficiar da distribuição de "15 em 15 dias".