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| |Hélio Beranrdo Lopes| |
Os grandes casos nacionais, já ao nível de bronca pública, sucedem-se, embora tudo continue na mesma, dado que os portugueses, com a dita democracia que têm, estão completamente impossibilitados de pôr um travão na destruição veloz de Portugal, da sua riqueza e da imagem de dignidade a que tem direito.
A tudo isto vinha-se somando, até há pouco, a possibilidade de António Guterres vir a ser candidato ao Presidente da República em 2016. Era uma inultrapassável enxaqueca e, com toda a certeza, mais uma cabeça no futuro dos políticos que suportam a atual coligação de Governo. Mas, ao menos para já, esta enxaqueca parece estar prestes a passar, embora possa vir a surgir uma outra se o PS e os partidos de esquerda tiverem bom senso.
Veremos o que o futuro nos vai trazer destas bandas. Ainda assim, começou já a notar-se um ataque permanente dos políticos do atual poder a António Costa. Ou por causa do vencimento, ou por estar na autarquia, ou devido às sargetas, ou pela sujidade nas ruas – uma imensidão de portugueses atira tudo para o chão –, ou pelo orçamento camarário, etc.. A tudo o que vem à rede fazem-no de peixe.
O grande problema, porém, é também duplo. Por um lado, a memória; por outro, o estado da carteira dentro do bolso. O problema está hoje muito longe de ser o de quem ganha, mas o de não perder estrondosamente. Porque mesmo com dizeres e desdizeres, quem é que hoje irá estar na disposição de apoiar mais pobreza, mais miséria, mais desemprego e mais emigração no futuro? Para já não falar no regresso do serviço militar obrigatório, ou no da compra de mais material militar, como começaram já alguns concidadãos nossos a pedir...
Por tudo isto, tenho visto com graça, a um ritmo quase diário, por vezes até idiota, o pânico que se vem apoderando dos que se deram já conta da hecatombe que os irá esperar. Mesmo assim, talvez fosse bom começar a tentar lançar o nome de Luís Amado para candidato ao Presidente da República, como há dias Marcelo referiu de passagem, porque pode até dar-se a graça de vir a ter o apoio do PS. Sim, porque no Portugal de hoje já tudo é possível. Nada como tentar.
