O quarto minguante ocorre no dia 14, com a Lua na constelação do Caranguejo. Nesta constelação existe um outro aglomerado de estrelas: a Colmeia. O seu nome deve-se a que, olhando para lá com uns binóculos, faz-nos lembrar um enxame de abelhas.
Aquando do seu pico de atividade espera-se, para locais realmente escuros, até uma quinzena de meteoros por hora. Mas convém aguardar pelo nascimento da constelação do Leão (já passada a meia-noite) para nos facilitar a observação destes objetos.
No outro extremo desta constelação temos outra estrela branca azulada: Denebola. Esta apresenta pequenas variações de brilho com períodos de algumas horas. Os astrónomos utilizam este tipo de pulsações estelares para estudarem o interior das estrelas de um modo análogo ao das ecografias.
Este mês o Sol e Saturno cruzam-se nos céus estando, no dia 18, a pouco mais de um grau entre si. Assim não podemos observar este planeta. Vénus é outro planeta que se encontra numa direção muito próxima da do Sol, continuando a apresentar-se como estrela da tarde.
No dia 22 tem lugar a Lua Nova. Já na noite de dia 25 a Lua estará junto a Marte, que este mês se encontra na constelação do Sagitário. Por sua vez, aquando do quarto crescente de dia 29 a Lua já se terá deslocado até à constelação do Aquário.
Este mês reserva-nos igualmente um evento histórico. No dia 12 o módulo Philae soltar-se-á da sonda Rosetta e irá poisar no núcleo do cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko, de onde irá obter diversos dados da sua superfície. Tal permitir-nos-á saber um pouco mais acerca da natureza dos cometas e da formação do Sistema Solar.
Boas Observações!
Figura 1: Céu a sudeste pelas 2 horas da madrugada de dia 18. São visíveis o radiante da chuva de meteoros das Leónidas e algumas estrelas e constelações de relevo. Também é indicada a posição da Lua nas madrugadas de dia 9 e 14.
Fernando J.G. Pinheiro (CGUC)
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