Depois da satisfação, a desilusão espectável

Hélio Bernardo Lopes
Mal Vítor Bento e a sua equipa começaram a dirigir o Novo Banco, num ápice nos surgiu Carlos Silva, hoje líder da UGT, mostrando o seu contentamento pela conversa havida então, mas também porque o Governo havia assegurado a estabilidade de todos funcionários do ainda BES. Claro que se percebia que o futuro não deveria vir a ser assim, ao menos com grande probabilidade.

Um tempo depois, Vítor Bento concedeu uma entrevista televisiva, tendo logo referido que, embora não podendo ainda dizer nada de concreto, certamente que iria ter lugar uma reestruturação de quanto vinha do GES/BES. A evidência!

Sem espanto, eis que hoje mesmo a Associação Bancários de Portugal, nos veio dar conhecimento de que se havia reunido com a nova administração do Novo Banco nesta passada terça-feira, mas mostrando-se preocupada com a situação neste vivida e com as consequências negativas que todo este processo de colapso do BES e de surgimento do Novo Banco poderão vir a ter. Mais uma evidência!

Aqui está, pois, a realidade a que se chegou – era extremamente previsível – e que é fortemente contrária à logo apontada como muito garantida pelo líder da UGT, Carlos Silva, ele mesmo um antigo funcionário do BES. Se há dado que nunca deve ser tido politicamente em conta, esse dado é todo o que possa derivar de tomadas de posição do atual Governo de Pedro Passos Coelho ou de quem execute as ordens do Governo.

Quarenta anos depois da Revolução de 25 de Abril e depois de se ter podido observar à saciedade as consequências para os portugueses da ação política da atual Maioria-Governo-Presidente, bom, dar um ínfimo de crédito a tomadas de posição oriundas deste terno é uma cabalíssima fantasia. Nada que não fosse plenamente expectável.

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