Conforme noticia a Agência Lusa, este projeto passa pela criação de um centro de documentação e pelo desenvolvimento de um conjunto de ferramentas digitais aplicadas à língua mirandesa de forma a torná-la acessível a um maior número de pessoas.
Segundo José Pedro Ferreira, investigador, linguista e também membro da ACLM, o objetivo do centro é o do concentrar todo o espólio relacionado com a língua mirandesa, que se encontra disperso por diversos polos de investigação e universidades portuguesas e depois torná-lo acessível a investigadores, estudiosos e público em geral, que pretendam fazer estudos avançados, como teses de douramento, mestrados e outro tipo de estudos.
"Como os materiais existentes não estão reunidos num só espaço, isso leva a que alguém interessado em estudar a língua mirandesa tenha de se deslocar um pouco por todo o país a recolher informação. E, quando se chega ao 'berço da língua' [Terra de Miranda], nem sempre encontrar informação suficiente", disse José Pedro Ferreira citado pela Lusa.
O centro terá como sede a "Casa da Quatro Equinas", um edifício situado em pleno centro histórico, da cidade de Miranda do Douro que vai ser cedido pela autarquia local.
O espólio que a LCM pretende reunir é constituído por matriais de recolha em diversos suportes (papel, fotografia, áudio ou vídeo) que ao longo do séc. XX foi sendo trabalhado por diversos investigadores.
