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| Hélio Bernardo Lopes |
Muito recentemente, surgiram notícias de que poderão existir discrepâncias fortes e sistemáticas no tratamento judiciário entre norte-americanos e estrangeiros, e também entre pretos e brancos, ou entre brancos e hispânicos. Nada que fosse alheio ao meu conhecimento ou à minha perceção.
Ora, num dia destes – início da passada semana? –, chegou-nos a notícia de que certo indivíduo, depois de se apresentar num hospital por suspeitar poder estar contaminado com o vírus ébola, foi mandado para casa, sem mais, com uns comprimidos quaisquer para tomar.
Ao ler o título desta notícia, de pronto disse para comigo: deve ser preto... Com o nome do referido indivíduo – Thomas Eric Duncan –, determinei-me a procurá-lo através do Google Imagens. Num ápice, de pronto o encontrei. Trata-se de um cidadão liberiano e que, segundo parece agora, já sabia que se encontrava infetado, tendo decidido viajar para os Estados Unidos, onde tinha familiares, passando por um aeroporto europeu. E, tal como logo imaginara, era preto.
Além do mais, não era norte-americano, pelo que o acesso à tentativa de salvar a vida estava logo muito limitado.
Pois, Thomas Eric Duncan lá acabou por vir a ser hospitalizado, agora isolado, mas depois de ter mantido contacto com pessoas diversas e noutros tantos lugares lugares do Planeta. Ao que parece, Duncan encontra-se agora em estado grave.
