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| Hélio Bernardo Lopes |
Temos todos de reconhecer que um tal feito não irá deixar de causar perturbação nos trabalhos que têm vindo a decorrer na Assembleia Geral das Nações Unidas. Uma verdadeira singularidade mundial! Como seria de esperar, os nossos parceiros sociais não deixaram de apoiar tal iniciativa, com a notável exceção da CGTP. De resto, o patronato aceitou esta iniciativa, mas também se viu bafejado com uma diminuição da TSU que tem vindo a pagar. Dá-se uma migalha com uma mão, mas logo se tira talvez bem mais com a outra. A democracia em Portugal.
Seria interessante que as sondagens nos indicassem agora quem apoiam os portugueses preferencialmente, se a CGTP, que, com coragem e coerência, recusou o política e moralmente inaceitável, se a UGT, que, como desde há muito nos habituou, lá acabou por embarcar nesta nova solução minguante. Soluções que bem poderão vir a ter o destino de outras também apoiadas pela UGT.
Os poucos, os portugueses tudo vão perdendo, ao nível do que realmente lhes interesse e lhes é essencial: acesso aos cuidados de saúde, acesso ao saber e à cultura, uma velhice digna. Em contrapartida, e para lá do inenarrável funcionamento de tantas e tão essenciais das nossas instituições, os portugueses veem-se agora bafejados com esta subida mundialmente referente do salário mínimo nacional: com uma subida de vinte euros por mês, vão agora passar a auferir quintos e cinco. Uma singularidade mundial!
