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Hélio Bernardo Lopes |
Claro está que a História, com grande frequência, tem mostrado que o que hoje se considera terrorismo, logo um tempo depois deixa de assim ser. O caso porventura de maior referência terá sido o de Nelson Mandela, bem como o seu próprio partido.
E mesmo noutros casos, como o da Guiné Equatorial, a violação objetiva dos Direitos Humanos, a completa ausência de democracia e, até, a cabal ausência de língua portuguesa falada, não impediram que pudesse tornar-se membro da CPLP. O próprio Chile de Pinochet e seus sequazes criminosos nada tinha de mal ou de menos aconselhável. Terrível, claro está, é a Venezuela atual…
Como se torna evidente, tudo isto depende apenas de uma realidade: matérias primas essenciais e dinheiro. E por estas duas razões, não foi pelo facto em si que me determinei a escrever este texto, antes pela rapidez com que as autoridades norte-americanas conseguiram descobrir a realidade aqui em causa. Uma realidade que consideram criminosa, mas que o é como tantas outras que por aí decorrem. Mormente em Portugal.
Seria, pois, do maior interesse para os portugueses e Portugal que os Estados Unidos nos indicassem quem tem o quê e onde e quem fez o que possa ter prejudicado os portugueses ao ponto que hoje se pode ver à saciedade. E podiam mesmo tomar a iniciativa de exigir um fim nos paraísos fiscais, porque uma sua exigência, para mais tão moralmente correta, seria difícil de recusar. De molde que deixo ao leitor esta pergunta: acha que os Estados Unidos vão proceder como aqui indico?