A atividade física e o balanço energético serão as chaves das novas Guias Alimentares de 2015

Segundo os 35 especialistas em nutrição, dietética, atividade física, medicina, farmácia, desporto e saúde reunidos num encontro sobre “a metodologia dos inquéritos alimentares, a tipificação da atividade física e dos estilos de vida saudáveis”.
A revisão dos atuais guias e inquéritos alimentares de forma a que permitam o desenvolvimento de recomendações nutricionais e dietéticas, bem como de atividade física mais de acordo com a população e estilo de vida atual, é um dos principais objetivos dos mais de 35 especialistas em nutrição, dietética, atividade física, medicina, farmácia, desporto e saúde em geral reunidos no encontro “a metodologia dos inquéritos alimentares, a tipificação da atividade física e dos estilos de vida saudáveis”, organizado pela Sociedade Espanhola de Nutrição Comunitária (SENC) em colaboração com a Fundação para a Investigação Nutricional (FIN) e a Fundação Espanhola da Nutrição (FEN), e que contou com a realização de mais de 30 apresentações sobre o assunto durante dois dias inteiros.

Além disso, este encontro teve a intenção de discutir e investigar o papel da atividade física e balanço energético na prevenção de problemas de saúde, como o excesso de peso e a obesidade nos novos modelos de inquéritos alimentares e de atividade física.

Durante a reunião de especialistas, que teve lugar em Laguardia (Rioja Alavesa), foram apresentadas e discutidas questões e controvérsias derivadas da metodologia utilizada na avaliação da ingestão alimentar e atividade física para o cálculo do balanço energético, bem como a necessidade de se fazer ajustes na abordagem das atuais pesquisas de investigação e cálculo dos valores para a dieta.

Neste sentido, a investigação sobre o balanço energético tem sido considerada como um dos aspetos fundamentais no presente e futuro da nutrição, de acordo com dois documentos de consenso recentemente publicados internacionalmente em jornais de elevado impacto científico (“Nutrition research to affect food and healthy lifespan”, American Journal of Clinical Nutrition, 2013; “Forecasting Nutrition Research in 2020”, Journal of the American College of Nutrition, 2014).


De acordo com o Prof. Dr. Javier Aranceta, da Universidade de Navarra, Presidente do Comité Científico da Sociedade Espanhola de Nutrição Comunitária (SENC) e um dos participantes do fórum de Laguardia "deve-se traduzir a nível populacional os objetivos nutricionais com maior evidência científica. O nosso objetivo é que estas recomendações cheguem ao prato de cada um, numa altura em que perdemos o instinto sobre a quantidade e variedade de alimentos que devemos comer.” "Manter uma alimentação variada e equilibrada, juntamente com a prática de atividade física gratificante será a chave para os novos guias alimentares 2015.

Na verdade, a atividade física e o balanço energético terão mais importância nos novos guias alimentares e em estudos de população", afirma o professor Dr. Aranceta. Para o Prof. Dr. Lluis Serra-Majem, Professor de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Las Palmas, Presidente da Fundação para a Investigação Nutricional (FIN), membro da CIBER Fisiopatologia da Obesidade e Nutrição do Instituto Carlos III, e participante deste encontro, "o estilo de vida mediterrâneo, considerado em todos os seus aspetos - alimentação, atividade física, socialização - como um modelo comportamental ideal para o estilo de vida, é o melhor sistema para a prevenção e, possivelmente também para o tratamento do excesso de peso e da obesidade e excesso de sedentarismo".

A estimativa do consumo de energia em relação à atividade física Durante o encontro, também foram abordadas questões como a estimativa do consumo de energia em relação à atividade física, aprofundando-se conceitos como o balanço energético e a sua importância na prevenção do excesso de peso e a obesidade. Isto ainda adquire maior relevância se tivermos em conta os dados sobre os padrões alimentares em Espanha durante os últimos 40 anos, nos quais podemos observar como – ao contrário do que se poderia esperar de acordo com os atuais dados de excesso de peso e obesidade - o total de calorias consumidas hoje pelos espanhóis é 13% menor do que há décadas atrás. Especificamente, o consumo medio de energia passou de 3.008 kcal /pessoa/dia em 1964 para 2.609 kcal /pessoa/dia em 2012.

Para o Prof. Dr. Gregorio Varela-Moreiras, Professor de Nutrição e Bromatologia da Universidade San Pablo CEU de Madrid, presidente da Fundação Espanhola de Nutrição (FEN) e outro dos especialistas que participou neste fórum, "apesar da redução da ingestão de calorias na nossa alimentação, não conseguimos ter um balanço energético equilibrado, já que, devido ao nosso estilo de vida sedentário, o gasto de energia é muito inferior ao desejável.".


Além disso, foi introduzido pelo professor Gregorio Varela-Moreiras e outros especialistas, um novo modelo de metodologia para o estudo ANIBES. Assim, durante 2015, serão apresentados com evidência científica os primeiros dados obtidos de uma pesquisa multidisciplinar e nacional, que incluiu dados antropométricos (IMC, perímetro abdominal e percentagem de massa gorda), consumo de energia e de macronutrientes e gasto energético a partir de inquéritos de atividade física, validado com 9,1% de acelerômetros numa parte da amostra analisada, e aspetos relacionados com a saúde.

Isto é ainda mais importante, uma vez que o estudo foi realizado com quatro grupos (para analisar modelos de comportamento), em crianças de 9 a 12 anos, adolescentes de 13 a 17 anos, adultos de 18 a 64 anos e pessoas mais velhas de 65 a 75 anos, com um valor global médio para o total da população dos 9 aos 75 anos.

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