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Hélio Bernardo Lopes |
Como pude já escrever, o grande erro de Bernard Maddof foi ter confessado o que fizera. Ele acreditou que o Estado de Direito, mesmo nos Estados Unidos, continuaria a funcionar! De facto, nunca funcionou, porque os grandes centros do poder situavam-se na CIA, no FBI, na Máfia, nos militares e nos poderosos da banca e do dinheiro.
Em nome do combate ao comunismo, apoiaram-se ditadores terroristas, escroques do tipo mais diverso, operaram-se atentados em cidades de quase todo o Mundo, procurando criar o medo ou incriminar gente patriota e que não se agachava, agrediram-se Estados independentes, causando horrores inimagináveis, por aí afora.
Hoje, já sem o comunismo, as coisas passaram de mal para pior no Ocidente, porque deixou de ser necessário aparentar que a (dita) democracia ocidental propiciava um melhor nível de vida que o conseguido nas sociedades comunistas. As fronteiras abateram-se, a grande comunicação social passou a debitar a voz predominante, e às populações é imposta a dita democracia, embora as mesmas nada possam decidir de útil para o seu futuro ou o do seu país. E regressou, como teria de dar-se, a guerra religiosa, com islamitas a perseguir cristãos, católicos a tentar debilitar ortodoxos, e tudo à espera da queda da monarquia britânica, centro, de facto, do ambiente anglicano.
Luta-se diariamente para impor a dita democracia – um fantástico cinismo! –, mas vive-se cada dia mais longe da dignidade humana. Todos defendem o Estado Social, mas ele está-se a extinguir nos lugares onde produziu fantásticos efeitos humanos e sociais. Faliu, de facto, o Estado de Direito, porque quem prevarica gravemente e com repercussões nacionais ou mundiais sai incólume – ou quase –, com as vítimas a terem de pagar o desastre causado pelos poderosos sem lei. É o estado a que a dita democracia conduziu os povos do Mundo. Para já não falar do ambiente de guerra mundial a que se chegou, sempre pela mão ocidental e agora já sem comunismo. Falta apenas repor, cabalmente, a escravatura. Democraticamente, claro...