Foi assinado em Vila Real, no passado sábado, dia 12 de Julho, um documento entre o governo de Passos Coellho e nove intuições na luta pelo desenvolvimento de Trás-os-Montes e Alto Douro e é também um “grito de alerta” contra os problemas que afetam este interior do país.
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Carta de compromissos compromete nove instituições na luta
pelo desenvolvimento de Trás-os-Montes e Alto Douro
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Este documento une no mesmo propósito a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e os institutos politécnicos de Bragança e Viseu, as comunidades intermunicipais deste território, Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes, e as associações empresariais (ACISAT, NERVIR e NERBA).
Segundo o professor da UTAD, Artur Cristóvão, a “Catra de Compromissos” pretende ser um ponto de partida para um trabalho em rede em prol da região e para combater o declínio, nomeadamente demográfico, que há muito tempo afeta a região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
“De alguma forma esta carta também é um grito de alerta para todo este conjunto de aspetos negativos que estão a penalizar de forma muito particular o interior. Temos a noção de que não vamos fazer milagres mas temos uma responsabilidade de assinalar os problemas, de nos envolvermos coletivamente e de mobilizarmos outros agentes, de procurarmos com espírito criativo ultrapassarmos os obstáculos que possam ser ultrapassáveis”, afirmou o docente, em declarações à agência Lusa.
O objetivo desta iniciativa é internacionalizar a economia local, a valorizar os recursos endógenose procurar novas atividades capazes de criar emprego, riqueza e qualificação da dinâmica económica regional.
Segundo o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho o "compromisso assumido é uma primeira abordagem, um primeiro passo para corrigir algumas das insuficiências do passado. A solução aqui apresentada parece, desse ponto de vista, pioneira. Anda à frente daquilo que nós precisamos que se passe em outros territórios. Quanto mais integrado os projetos e as candidaturas mais a possibilidade de serem bem sucedidos e poderem ir ao encontro das necessidades", disse o governante que esteve presente na cerimónia realizada em Vila Real.
O primeiro-ministro, que salientou o pioneirismo da iniciativa, disse que este "ser inspirador de respostas que devam ser encontradas do mesmo tipo noutras partes do nosso território. A minha presença aqui também simboliza o compromisso do Estado, em termos de condução geral e de administração central, de poder ser um parceiro deste compromisso estabelecido entre todas estas partes essenciais ao desenvolvimento", frisou.
"Queremos que os próximos sete anos possam ser anos em que o essencial dos nossos recursos possam estar voltados para as qualificações dos portugueses e para garantir uma maior coesão do país e convergência económica de modo a termos também um sinal de progresso que nos aproxime mais dos nossos parceiros europeus", frisou o primeiro-ministro, citado pela agência Lusa.