![]() |
| Hélio Bernardo Lopes Escreve diariamente |
As autoridades judiciárias da República Dominicana reconheceram a inocência de Maria Salomé Santos, apresentando desculpas públicas, mas também referindo a existência de dois funcionários do aeroporto suspeitos da manigância. Veremos aonde se chegará.
Acontece, porém, que a droga colocada na mala erradamente atribuída a Maria Salomé Santos se destinava a seguir no voo em causa, assim dando entrada em Portugal. O que significa que teria de existir aqui, no aeroporto de chegada, alguém incumbido de levantar a referida mala. Também não é impossível que o tal cadeado acabasse por ser retirado ainda antes da mala ser colocada no porão.
Com a mala chegada a Portugal, alguém se encarregaria de a mudar, porventura despejar, dando ao conteúdo o devido andamento. De resto, o caso do cadeado leva-me a crer que se terá tratado de um mecanismo destinado a defender a nossa concidadã, que logo reagiria como se deu, ou seja, com um grau natural de estupefação.
Tudo bem ponderado, há um dado que ressalta: o comando da referida operação terá estado, com elevada probabilidade, em Portugal. É, a ser verdadeira a notícia, o que parece deduzir-se do que agora veio a lume: Maria Salomé Santos andará, porventura, protegida na sua integridade, porque poderá ser alvo de represálias se se determinar a ajudar, entre nós, no esclarecimento deste caso.
A ser verdadeira a notícia – tenho de acreditar na mesma –, tal mostra que o comando de todo este caso estará em Portugal, seja ele nacional ou estrangeiro. Isto mesmo parece ter ontem vindo a confirmar-se por novas notícias, num outro diário, ao redor de uma quadrilha – e entre quantas mais?... – desmantelada pela Polícia Judiciária em Lisboa.
Enfim, um valente susto para a nossa concidadã, bem como para toda a sua família. Em minha opinião um susto que bem poderia ser muito minimizado se se evitassem férias longe de Portugal, para mais num Estado cujas ligações a estas questões são deveras conhecidas. E há tanta coisa bonita em Portugal e ainda desconhecida da generalidade dos portugueses!
Por fim, uma chamada de atenção: se nada vier a dar-se na República Dominicana ao redor deste caso, ter-se-á criado uma base explicativa para futuras iniciativas deste tipo, caso as mesmas não se vejam coroadas de êxito. Num ápice, passará a ser mais uma ação dos tais dois supostos funcionários ainda não descobertos até agora. A verdade, pelo que se pôde ver e ouvir, é que há quem continue a pretender ir para ali passar férias!
