A inauguração do “Macedo Mostra” ficou marcada pelo protesto silencioso do grupo de teatro Filandorra, uma das mais antigas companhias profissionais de teatro de Trás-os-Montes, que veio a Macedo protestar ordeiramente devido à não atribuição de apoios diretos por parte da Direção Geral das Artes (DGArtes) .
Atores e diretor do Filandorra aproveitaram a presença do Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, no ato inaugural deste certame para mostrarem publicamente o seu protesto perante os cortes que estão anunciados.
Alguns elementos do grupo de teatro, incluindo o seu diretor, David Carvalho, apresentaram-se vestidos de negro com uma faixa também negra a tapar a boca, num protesto simbólico marcado pelo absoluto silêncio dos artistas transmontanos.
A DGArtes anunciou que 54 entidades artísticas vão repartir cerca de 4,3 milhões de euros atribuídos nos concursos de apoios diretos, anuais, bienais e quadrienais na área do teatro, mas o Filandorra, Teatro do Nordeste, não está contemplado pelos apoios quadrienais.
David Carvalho disse ao Notícias do Nordeste que Jorge Barreto Xavier prometeu recebê-los ainda em Macedo de Cavaleiros, depois de terminado a cerimónia de inauguração do “Macedo Mostra”. O diretor da companhia transmontana pretende, com esta audiência, explicar ao Secretário de Estado da Cultura que os cortes anunciados podem colocar em risco a companhia e vai solicitar para que seja tomada em conta o papel cultural que o grupo Filandorra tem desempenhado na região.