Francisco Louçã disse ontem em Vinhais que "o único reajustamento" de que Portugal precisa é de "correr com os agiotas"

O coordenador do Bloco de Esquerda defendeu ontem, em Vinhais, que "o único reajustamento" de que Portugal precisa é de "correr com os agiotas" e que renegociar com a `troika` significa "mais dívida e mais miséria".

Francisco Louçã contesta aqueles que defendem a necessidade de um reajustamento do programa de ajuda financeira a Portugal, como o social-democrata Eduardo Catroga, e defende que "a economia portuguesa do que precisa é de coragem, de uma esquerda incansável para romper com a `troika` e recuperar as prioridades de uma economia para as pessoas".

"O único reajustamento de que precisamos é de correr com os agiotas", considerou, à margem de uma visita à Feira do Fumeiro de Vinhais, em Trás-os-Montes, em que defendeu que "não é possível continuar a pagar à pirataria financeira juros incomportáveis que criam mais dívida por cada dia que passa".

Para Louçã, "o reajustamento que a democracia precisa é recuperarmos a Europa para os europeus, a economia para as pessoas e as prioridades para o emprego e isso é o que é necessário no nosso país".

O líder bloquista considerou ainda que "quem está a olhar para a Grécia, que está a viver a ferro e fogo uma política de despedimentos e de destruição da economia, já sabe o que são os reajustamentos da `troika`".
"O reajustamento da `troika` é mais dívida com mais miséria e, em Portugal, nós já temos um quarto das pessoas à beira da miséria", acrescentou.

Francisco Louçã aproveitou o exemplo da feira do fumeiro, em Vinhais, para defender que é indispensável que o país "responda às dificuldades económicas com produção, com responsabilidade, com a proteção da agricultura para a qual houve tantas promessas e tão pouca verdade".

Garantiu ainda que o Bloco de Esquerda "está empenhado na produção nacional, na recuperação da agricultura e dos produtos da terra e da agropecuária".

Fonte: Lusa

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