“Só dez por cento dos casos de abusos sexuais que acontecem são efectivamente detectados”

“Só dez por cento dos casos de abusos sexuais que acontecem são efectivamente detectados, enquanto 90 por cento passam sem serem conhecidos” alertou Enrique Martinez Piera, director de Protecção e Inserção de Menores na Direcção Territorial de Alicante, Espanha, no painel que iniciou a tarde no Seminário Final de Apresentação do “Manual de Competências Comunicacionais e Guias de Orientações para a Intervenção no Âmbito da Promoção e Protecção das Crianças”, promovido pela Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), que decorreU na Fundação Calouste Gulbenkian no dia 1 de Setembro.

Enrique Martinez Piera, com um trabalho profundo no âmbito social, na integração e reinserção de jovens, e sua protecção e valorização, realçou o papel das pessoas que mais perto estão das crianças, aqueles que podem detectar as situações de risco, comunicá-las e intervir, como é o caso das forças de segurança, os professores, os médicos, etc.. “A desprotecção acontece também quando não fazemos bem o nosso trabalho para proteger as crianças, por isso é uma obrigação de todos”, e “a integração de esforços, de conhecimentos, de experiências, é essencial para que estejamos mais atentos, para conseguirmos detectar com mais facilidade os casos de risco”, explicou.

“Ainda há muito trabalho a fazer na promoção e protecção dos direitos das crianças e jovens”, concluiu Alfredo Maia na Sessão de Encerramento do “Seminário Final de Apresentação do Manual de Competências Comunicacionais e Guias de orientação para profissionais na abordagem de situações de maus-tratos ou outras situações de perigo”.

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