
O especialista acrescenta ainda que “Até há uns anos a solução para a IU consistia em cirurgias morosas que implicavam dias de internamento e semanas de inatividade. Atualmente a realidade é outra e graças a novas técnicas, a vida normal é retomada num curto espaço de tempo após a operação. Outros casos são melhor tratados mediante medicamentos inovadores e técnicas de reabilitação”.
O Presidente da Associação Portuguesa de Neuro-Urologia e Uro-Ginecologia sublinha que “A percentagem de doentes que recorrem ao médico por problemas de incontinência comparada com a percentagem dos que se automedicam ou autoprotegem é de apenas 10%, o que é grave, visto que hoje dispomos de armas terapêuticas capazes de curar ou controlar a maior parte das situações”.
Sobre a Incontinência Urinária
A incontinência urinária resulta da incapacidade em armazenar e controlar a saída da urina. As mulheres têm mais probabilidades de serem afetadas pelo problema quando comparadas com os homens. A incontinência urinária de esforço é o tipo mais frequente de incontinência nas mulheres e caracteriza-se pela perda involuntária de urina ao tossir, fazer esforços, espirrar, levantar objetos pesados ou executar qualquer tarefa que aumente bruscamente a pressão dentro do abdómen. As principais causas que contribuem para este problema são: perturbações do aparelho urinário associadas à idade, gravidez e o parto, elevações bruscas da pressão intra-abdominal associadas ao desporto e obesidade crónica.
Como se trata de um assunto que toca a intimidade da pessoa, a incontinência urinária ainda é encarada como um tabu que condiciona a vida do doente a vários níveis: pessoal, familiar, social e laboral.
Este problema pode conduzir a uma fuga do contacto social e ao isolamento, porque está sempre presente o medo e a vergonha de que os outros sintam o cheiro. Pode afetar também a relação conjugal, uma vez que a intimidade do casal é prejudicada.
Consulte aqui o artigo do especialista Paulo Dinis.