O professor catedrático Adriano Moreira, natural de Grijó, Macedo de Cavaleiros, recebeu no passado sábado, dia 27 de Novembro, no Casino da Figueira da Foz, o Prémio Pedro Hispano 2010.
Agora com 88 anos de idade, aquele que foi em jovem Ministro do Ultramar do Estado Novo, é considerada uma das mais prestigiadas figuras nacionais.Adriano Moreira é actualmente presidente da Academia das Ciências de Lisboa e autor de várias obras em diferentes áreas científicas.
Instituído em 2008, o Prémio foi entregue no passado sábado por José Barata Moura ao transmontano que agradeceu a honra da distinção.
No seu discurso de agradecimento Adriano Moreira referiu-se aos momentos de crise económica, financeira e social que afectam Portugal e o mundo, tendo afirmado que “estamos a viver a maior e mais grave aventura da vida”.
O autor de “A Espuma do Tempo - Memórias do Tempo de Vésperas” defendeu ainda que “devíamos assumir que errámos, porque os conceitos e convicções morrem mais depressa do que os factos”.
Na sua concepção “o Estado português caminha para o estado exíguo. Fomos nós que inventamos o Estado, é nossa responsabilidade refundá-lo”, disse no seu discurso de agradecimento.
A Academia Pedro Hispano, que atribui o galardão, é actualmente constituída pelo teólogo frei Bento Domingues, os catedráticos Aires do Nascimento, José Barata Moura, Henrique Bicha Castelo, Eduardo Vera Cruz, e Vítor Serrão, o músico Janita Salomé, o editor e escritor José Antunes Ribeiro, o escritor António Lobo Antunes, o médico José Manuel Franco e José Francisco Feição