De consumidor a vendedor

A compra e venda de produtos em segunda mão constitui hoje uma das facetas da democratização do comércio. Uma atitude que tente a repetir-se.

Independentemente da categoria de produto, os inquiridos são hoje mais numerosos a pensar vender produtos usados do que antes. Produtos que não figuravam entre os mais vendidos, por razões logísticas (por exemplo mobiliário ou electrodomésticos), serão no futuro vendidos por mais de um terço dos europeus.

Alemães e britânicos fortalecerão a sua posição de campeões europeus do usado mas serão, de forma surpreendente, alcançados pelos portugueses e polacos.Com efeito, embora actualmente o façam muito pouco, estes últimos mostram-se muito favoráveis à revenda futura de artigos em segunda mão: mais do que um em dois portugueses inquiridos declara que será vendedor, no futuro, de produtos electrónicos, culturais, electrodomésticos e mobiliário, percentagem que atinge 71% no que diz respeito ao automóvel!

Com excepção dos húngaros, que não pensam renovar a sua experiência, todos os outros países verão a sua comunidade de revendedores particulares aumentar, sinal de que “quando se vendeu, voltar-se-á a vender".

O Grupo BNP Paribas Personal Finance acompanha há mais de 50 anos o desenvolvimento do consumo e das cadeias da distribuição no mundo. Em 1989, lançou, em França, uma publicação anual - o Observador Cetelem - cujos estudos sobre o consumo, a distribuição e o crédito, são fontes de informação e de reflexão ao dispor de todos os actores do mercado. A primeira edição portuguesa foi divulgada em 2000. O Observador Cetelem está presente em vários países: Brasil, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Itália, Portugal e República Checa.

As análises e previsões foram realizadas em Dezembro de 2009 em colaboração com o gabinete de estudos e consultadoria BIPE, com base num inquérito quantitativo, realizado em Setembro e Outubro de 2009, em CAWI (Computer Assisted Web Interview). Trata-se de um estudo baseado em inquéritos aplicados a amostras representativas das populações nacionais (maiores de 18 anos) de doze países: Bélgica, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Rússia. Cerca de 8.000 europeus foram questionados com amostras de pelo menos 500 indivíduos por país.

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