Portugueses apostam num consumo ecologicamente responsável

Actualmente a consciência ecológica do consumidor encontra-se inegavelmente em profunda mutação. Hoje o consumo verde começa a fazer-se notar nos novos modelos de comportamento adoptados pelos consumidores. Já não se trata apenas uma declaração de boas intenções, mas uma opção inteligente de fazer face a uma crise anunciada.

Actualmente, mais do que uma atitude moralmente aceitável, a consciência ecológica materializa-se sobretudo em actos de consumo “fáceis” (papel reciclado, pequenas obras domésticas) ou num consumo mais saudável (através da compra de produtos biológicos). O bio entrou nos hábitos de consumo alimentar. Cerca de quatro em cada dez europeus declaram consumir frequentemente produtos biológicos. A oferta destes produtos também se alargou de forma significativa a outros sectores, como o sector têxtil ou o da higiene e beleza. Consumir produtos biológicos apresenta uma dupla vantagem: consumir de forma saudável e consumir verde, o que explica sem dúvida o seu sucesso.

E se os investimentos em equipamentos mais importantes como a melhoria da eficácia energética das habitações ou a compra de veículos menos poluentes são ainda modestos, os apoios dos poderes públicos neste domínio deverão contribuir para o inevitável desenvolvimento do consumo verde nos próximos anos.

É neste novo paradigma de consumo que os Portugueses se destacam enquanto consumidores ecologicamente responsáveis. No entanto, se por um lado somos um dos consumidores europeus que mais papel reciclado utiliza (75%), que mais produtos biológicos consome (47%), que mais opta por produtos locais de modo a limitar o custo do carbono (41%), que mais renuncia à comodidade do próprio veiculo a favor dos transportes públicos (47%) e que se revela mais receptivo à aquisição de um automóvel não poluente (21%), por outro lado, continuamos a ser um dos que menos revela ter vontade de efectuar obras domésticas ecológicas, destinadas a economizar energia ou água (28%).

O Grupo BNP Paribas Personal Finance acompanha há mais de 50 anos o desenvolvimento do consumo e das cadeias da distribuição no mundo. Em 1989, lançou, em França, uma publicação anual - o Observador Cetelem - cujos estudos sobre o consumo, a distribuição e o crédito, são fontes de informação e de reflexão ao dispor de todos os actores do mercado. A primeira edição portuguesa foi divulgada em 2000. O Observador Cetelem está presente em vários países: Alemanha, Brasil, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Itália, Portugal e República Checa.

As análises e previsões foram realizadas em Dezembro de 2009 em colaboração com o gabinete de estudos e consultadoria BIPE, com base num inquérito quantitativo, realizado em Setembro e Outubro de 2009, em CAWI (Computer Assisted Web Interview). Trata-se de um estudo baseado em inquéritos aplicados a amostras representativas das populações nacionais (maiores de 18 anos) de doze países: Alemanha, Bélgica, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Rússia. Cerca de 8.000 europeus foram questionados com amostras de pelo menos 500 indivíduos por país.

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