O projecto surgiu no âmbito de uma parceria entre o ex-IPPAR, actual Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), e a Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, tendo resultado de uma candidatura apresentada à CCDR-N.O espaço escolhido para implantação do CICA foi o centro histórico da vila, e resultou da recuperação de uma antiga habitação em ruínas que agora dá lugar um outro edifício com uma nova funcionalidade cultural.
O Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães organiza-se em dois espaços diferenciados; um primeiro destinado a uma exposição permanente, e um segundo a exposições temporárias.
Quem visitar o espaço museológico deparar-se-á com uma mostra de materiais arqueológicos que sintetizam o processo de evolução histórica concelhia, desde a Pré-História até à Idade Média.
No andar superior a temática actualmente exposta incursa na concepção mental que o homem medievo tinha perante a morte. Um conjunto de estelas funerárias e os resultados paleobiológicos resultantes do processo de investigação são aqui expostos, numa proposta pedagógica da finitude do “nós”, enquanto seres passados e actuais e com uma grande limitação de existência temporal, existência essa interpretada na longa diacronia do calendários histórico.
Em síntese, o discurso museográfico suporta-se num conjunto de documentos materiais e gráficos que desde as últimas décadas têm vindo a ser exumados e interpretados a partir do castelo por intermédio de campanhas arqueológicas efectuadas por uma equipa de especialistas.
A nova estrutura deverá ser um pólo dinamizador de projectos de cariz patrimonial futuros, que a autarquia pretende implementar no âmbito de dinâmicas turísticas que têm como sinergia o património “arqueológico, arquitectónico e etnográfico, em estreita articulação com o património natural”, como salienta o Presidenta da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, José Luis Correia.