Foi com grande admiração que muitos portugueses tomaram há dias conhecimento do estranho caso que teve lugar no mar de Portimão, envolvendo uma unidade móvel da nossa Marinha e um barco descaraterizado da Polícia Marítima.
Na altura, o porta-voz da Marinha salientou que este nosso ramo militar não comenta questões de natureza operacional, sendo que surgiu pouco depois a notícia de um desmentido da realidade factual antes noticiada, o que nunca realmente foi confirmado.
Ora, hoje mesmo foi-me dado ouvir nova notícia, a cuja luz se está a tentar perceber o que realmente poderá ter tido lugar, o que também não deixa de acrescentar estranheza a todo aquele hipotético acontecimento.
Conversando com um conhecido meu, que normalmente diz sempre não perceber o que terá tido lugar, pedindo a opinião de quem com ele fala, mostrei esta minha estranheza: de duas, uma, ou o acontecimento realmente existiu, ou não.
Se não existiu, bom, tal deveria já ter sido explicado aos portugueses, até porque a notícia foi dada como se tivesse existido o referido acontecimento. Se o acontecimento realmente teve lugar, bom, também já passou tempo suficiente para se saber a causa da noticiada baralhada.
O que não colhe é a ideia do meu conhecido, ou seja, a de que poderão estar em causa aspetos mais vastos ligados ao combate ao tráfico de estupefacientes entrados pela costa algarvia, porque a ser assim, bom, ficou a saber-se, no mínimo, que por ali andarão barcos descaraterizados da Polícia Marítima. Ter-se-ia dado boa parte do ouro ao bandido...
Não é possível encontrar razões válidas para que toda aquela ação se não tivesse suportado numa estratégia conjunta, delimitada pelo topo das autoridades em jogo no combate àquele fenómeno. Andar um barco da Polícia Marítima descaraterizado, à espera, pois, de um qualquer movimento estranho, sem que a autoridade marítima desconhecesse tal, haverá de convir-se, é simplesmente fantástico.
Mas não é de estranhar esta realidade, porque de há muito que o Governo de Espanha, com as necessárias cautelas diplomáticas, dava a entender que poderiam existir santuários da ETA em Portugal, sempre com as nossas autoridades salientando nada se conhecer.
Mais estranho, ainda, foi o facto de só se ter descoberto esta casa recente, e entre as de dois agentes da PSP, por um mero caso, ou seja, pelo susto causado nos etarras espanhois por uma operação-stop que estava a ter lugar numa qualquer estrada próxima. Pela sua própria ação, pois, as autoridades não chegaram ao que já existia.
Resta agora saber se esses etarras virão a ser encontrados entre nós, porque se o não forem cá nem em Espanha, bom, o mais certo é continuarem por cá, e num outro lugar de apoio. Ficamos todos à espera da resposta.
Na altura, o porta-voz da Marinha salientou que este nosso ramo militar não comenta questões de natureza operacional, sendo que surgiu pouco depois a notícia de um desmentido da realidade factual antes noticiada, o que nunca realmente foi confirmado.
Ora, hoje mesmo foi-me dado ouvir nova notícia, a cuja luz se está a tentar perceber o que realmente poderá ter tido lugar, o que também não deixa de acrescentar estranheza a todo aquele hipotético acontecimento.
Conversando com um conhecido meu, que normalmente diz sempre não perceber o que terá tido lugar, pedindo a opinião de quem com ele fala, mostrei esta minha estranheza: de duas, uma, ou o acontecimento realmente existiu, ou não.
Se não existiu, bom, tal deveria já ter sido explicado aos portugueses, até porque a notícia foi dada como se tivesse existido o referido acontecimento. Se o acontecimento realmente teve lugar, bom, também já passou tempo suficiente para se saber a causa da noticiada baralhada.
O que não colhe é a ideia do meu conhecido, ou seja, a de que poderão estar em causa aspetos mais vastos ligados ao combate ao tráfico de estupefacientes entrados pela costa algarvia, porque a ser assim, bom, ficou a saber-se, no mínimo, que por ali andarão barcos descaraterizados da Polícia Marítima. Ter-se-ia dado boa parte do ouro ao bandido...
Não é possível encontrar razões válidas para que toda aquela ação se não tivesse suportado numa estratégia conjunta, delimitada pelo topo das autoridades em jogo no combate àquele fenómeno. Andar um barco da Polícia Marítima descaraterizado, à espera, pois, de um qualquer movimento estranho, sem que a autoridade marítima desconhecesse tal, haverá de convir-se, é simplesmente fantástico.
Mas não é de estranhar esta realidade, porque de há muito que o Governo de Espanha, com as necessárias cautelas diplomáticas, dava a entender que poderiam existir santuários da ETA em Portugal, sempre com as nossas autoridades salientando nada se conhecer.
Mais estranho, ainda, foi o facto de só se ter descoberto esta casa recente, e entre as de dois agentes da PSP, por um mero caso, ou seja, pelo susto causado nos etarras espanhois por uma operação-stop que estava a ter lugar numa qualquer estrada próxima. Pela sua própria ação, pois, as autoridades não chegaram ao que já existia.
Resta agora saber se esses etarras virão a ser encontrados entre nós, porque se o não forem cá nem em Espanha, bom, o mais certo é continuarem por cá, e num outro lugar de apoio. Ficamos todos à espera da resposta.