Esta decisão foi ancorada no titulo “As Têmporas de Cinza” que chegado ás livrarias com a chancela das Edições Cotovia, e onde o júri leu «a limpidez e a precisão da escrita».«A limpidez e a precisão da escrita de A.M. Pires Cabral, a sua penetrante e austera visão dum mundo cuja expressão encontra numa espécie de imitação da terra o modelo para uma linguagem poética de invulgar intensidade, fazem deste autor um dos casos mais representativos da nossa melhor poesia contemporânea», podia ler-se num comunicado que pretendeu fundamentar a decisão do júri deste ano que integrou nomes como Carlos Mendes de Sousa, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz, Luís Quintais e António Carlos Cortez.
O galardão, no valor de cinco mil euros, é atribuído bianualmente pela Fundação Luís Miguel Nava e já distinguiu no passado nomes como Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Echevarría, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Manuel António Pina, Luís Quintais, António Ramos Rosa e Pedro Tamen.