Douro rico com gente pobre

Apesar do notável pioneirismo a nível mundial da regulação da produção e comércio dos vinhos, através do alvará régio de instituição da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, de 10 de Setembro de 1756, a Região Demarcada do Douro continua a ser uma das regiões menos desenvolvidas do país, conclui um estudo da Universidade de Trás –os Montes e Alto Douro.

A Região Demarcada do Douro é também classificada como «paisagem cultural, evolutiva e viva» e reconhecida, desde 2001, como Património Mundial pela UNESCO, abrange uma área de 250 mil hectares, mas apenas 43 mil estão ocupados com vinhedos.

Luís Ramos investigador da UTAD responsável pela investigação diz que "nos últimos 40 anos, os 21 municípios que constituem a RDD perderam entre 30 e 50% da sua população”.

Os últimos censos apontam uma população que ronda os 256 mil habitantes, numa superfície de 4481 quilómetros quadrados. Cerca de um terço da população activa continua a trabalhar na agricultura e o índice do poder de compra mantém-se nos mais baixos, atingindo apenas 65% da média nacional, apesar do ano passado, o volume de negócios de vinhos da região rondar os 360 milhões de euros e o número de turistas atingir 115 700, só no que diz respeito à navegação fluvial.

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