Silvano quer a demissão do director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste

A polémica está aberta e foi despoletada na sequência de uma peça jornalística da estação de rádio de Bragança, a RBA, que adiantou os dados relativos aos nascimentos entre 11 de Setembro e 30 de Novembro nas duas maternidade da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Segundo essas estatísticas “duplicou o número de mulheres do distrito de Bragança que procuram o hospital de Vila Real para ter os filhos” e a maternidade de Bragança nunca registou um índice de nascimentos tão baixo como no ano de 2006, com menos 52 partos do que o ano anterior.

No ano que há pouco findou, 129 parturientes dos concelhos do distrito de Bragança recorreram aos serviços hospitalares de Vila Real para terem os seus filhos, o que representa uma subida superior a 55% das mães nordestinas que preferem a maternidade do distrito vizinho.

Esta tendência parece ser mais elucidativa quando analisados os dados a partir de 11 de Setembro, altura em que encerrou a maternidade da cidade do Tua. Desde essa data e até ao último dia do ano de 2006 foram 72 as mães do distrito de Bragança que optaram por dar à luz na maternidade de Vila Real. Mirandela, Carrazeda de Ansiães, Bragança e Macedo de Cavaleiros foram os concelhos que mais contribuíram para o aumento desse número.

Os dados estatísticos recentemente revelados pela RBA confirmam que a maternidade de Bragança está a perder utentes, facto que levou a uma reacção pública do presidente da Câmara Municipal de Mirandela, José Silvano, que aconselhou o director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste a demitir-se. “se fosse eu o director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste demitia-me”.

José Silvano vaticina o encerramento da maternidade de Bragança, uma vez que a mesma já não consegue realizar 400 partos por ano.

Por outro lado o autarca mostra-se confiante quanto ao futuro, reiterando a confiança na centralidade de Mirandela, facto que poderá vir a contribuir para a instalação de um grande centro de obstetrícia de toda a região transmontana, sublinha.

Perante esta realidade, o director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste referiu que essa tendência de diminuição de partos na maternidade de Bragança se deve a um “bairrismo serôdio” e a um clima de amedrontamento das mulheres que têm por objectivo recorrer à maternidade da capital do distrito.

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