Não dá para acreditar!

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1600287999667{margin-left: 27px !important;}"]Vão decorridas décadas sobre a reeleição de António Ramalho Eanes, numa candidatura que teve também o impensável concurso do seu colega António Soares Carneiro. Por essa altura, José Miguel Júdice fazia análise política no Expresso, tendo publicado um conjunto de análises ao redor dessa corrida presidencial. De resto, eu mesmo as fazia, mas entre os amigos e conhecidos.


A verdade está nisto: numa conversa – falei com gente a mais diversa – com um amigo que não vejo há anos, António Bailote Fernandes, da Opus Dei e que esteve muito tempo em Macau, assegurei a evidência, ou seja, que Eanes venceria essa eleição, só que indicando o resultado de Eanes até às décimas. Bom, acertei no resultado. E então, António Bailote Fernandes, já depois das eleições, disse-me, por uma ou duas vezes, esta frase: caramba, eu não vou nunca esquecer o meu amigo, porque você acertou no resultado em cheio! E ainda concluiu: como é que o meu amigo conseguiu prever o resul-tado deste modo?!


Já lá vão muitos anos, e não recordo já se o meu amigo era oriundo do Direito ou da Economia, mas pro-pendo mais para o segundo caso. De modo que recordará ainda que existia uma conceção intuicionista da Probabilidade. E foi o que me levou a acertar no resultado, ao contrário de José Miguel Júdice que, após aturados raciocínios... errou. Como dizia alguém, em certo programa televisivo: errooou!!!


Simplesmente, José Miguel Júdice, talvez em face das sondagens que iam sendo publicadas, começou a perceber que o que previa iria produzir um estrondo. E então, assegurou aos leitores do Expresso que se Eanes ganhasse, não voltaria a fazer análise política. E cumpriu. Até porque terá percebido que não nasce-ra com uma vocação daquele tipo.


Claro está que Júdice não faz hoje propriamente análise política, antes elabora simples e brincalhões racio-cínios. Muitas vezes, introduzindo-lhes, como usa dizer-se, algum veneno. Terá sido o caso, porventura, no que soube há pouco que terá ontem dito na SIC Notícias.


Ora, o que foi, então, que nos disse ontem José Miguel Júdice? Pois este fantástico mimo, que logo me traz ao pensamento o fracasso das suas análises nos tempos da peleja eleitoral Eanes-Soares Carneiro: ao apoiar a candidatura de Luís Filipe Vieira, o Primeiro-Ministro e secretário-geral do PS dá às estruturas do partido um sinal de que não apoiará Ana Gomes na corrida à Presidência da República! Bom, simplesmente delirante!! Não dá parra acreditar.


Veja o leitor o que é simples de perceber. Há muito se sabe que o PS tem tido dificuldade em apresentar um candidato ao Presidente da República – eu mesmo escrevi isto aqui, há um tempo atrás. E também se sabe que o PS irá dar liberdade de voto aos seus militantes, e que a direção irá apoiar a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. E depois, sabe-se também que Ana Gomes nunca concitará, hoje ou amanhã, um apoio razoável para uma eleição deste tipo. Nem sequer para a liderança do partido. A candidatura de Ana Gomes, objetivamente, é uma candidatura de derrota. Seja agora ou num ano que esteja para chegar.


Como o leitor facilmente percebe, o que escrevo antes é a realidade. E António Costa, como qualquer um, do PS ou de qualquer outro partido, percebe o mesmo. Portanto, porquê ir apoiar Luís Filipe Vieira para, por essa via, enviar uma mensagem aos eleitores socialistas contra Ana Gomes?! Porque a ideia de Júdice pressupõe que os eleitores elaboram raciocínios elaborados, ao ponto de construirem a implicação que aponta. Objetivamente, não dá para acreditar numa destas, tantos anos já passados sobre o estrondoso falhanço de Júdice na previsão do resultado da peleja Eanes-Soares Carneiro. Não dá para acreditar!![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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