No dia 7 a Lua atinge o quarto minguante. Na madrugada do dia seguinte, o nosso satélite está entre os planetas Júpiter e Marte, passando a cerca de 4 graus do planeta Júpiter e a 11 graus de Marte. Júpiter parece uma “super estrela” à direita da Lua, enquanto Marte parece uma “estrela” alaranjada ou avermelhada, um pouco abaixo e para a esquerda. Ao longo do mês Júpiter fica visível cada vez mais tempo, nascendo por volta das 2 da manhã no início do mês, e por volta da meia-noite e meia no dia 28.
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O nome Antares é, na realidade, devido a Marte. Ambos os objetos parecem estrelas brilhantes e avermelhadas, e com brilhos muito semelhantes (nesta altura, por exemplo, Antares tem uma magnitude aparente de 1,05 enquanto que a de Marte é 1,08). Marte é o deus da guerra na mitologia romana, cujo correspondente na mitologia grega é Ares. Ora, estes dois corpos celestes parecem competir um com o outro, sendo a estrela o rival, ou o Antagonista de Ares – Ant. Ares – Antares!
Curiosamente, a estrela Antares é uma supergigante vermelha, em média 680 vezes maior que o nosso Sol, o que significa que tem um diâmetro maior que o da órbita do planeta Marte à volta do Sol. Mas Antares é uma estrela variável, com uma variação de tamanho que pode chegar aos 20%.
Com uma idade estimada de 11 mil milhões de anos (o Sol tem cerca de 4,6) Antares está no fim da sua vida, podendo explodir como uma supernova a qualquer altura nas próximas centenas de milhares de anos. Quando isso acontecer, durante algumas semanas será tão brilhante no nosso céu como a Lua Cheia, ou seja, será visível durante o dia.
No dia 11, a Lua está a cerca de 3 graus do planeta Saturno. Estes dois objetos nascem por volta da 5 da manhã, enquanto o Sol nasce por volta das 7h30. À semelhança de Júpiter, de dia para dia Saturno nasce cada vez mais cedo. No final deste mês já passa acima do horizonte por volta das 4 da manhã.
No dia 15, é dia de lua nova e o quarto crescente chega no dia 23. Já a lua cheia, essa só no dia 3 de março. Mas isso é tema para o próximo mês.
Boas observações.
Ricardo Cardoso Reis (Planetário do Porto e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva