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Clube de Monteiros do Norte termina época venatória com resultado recorde |
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Logo pela manhã começaram a chegar os caçadores vindos de todos os locais do país com grande expectativa de uma excelente jornada de caça mas acima de tudo para um convívio genuíno e autêntico. O frio de serra que se sentia a essa hora deu lugar a um sol de Inverno radiante que tornou a Montaria muito agradável. Depois da inscrição feita, seguiu-se o “mata-bicho” com direito a todas a iguarias transmontanas que vão desde o mais diverso fumeiro ao folar e bolas de carne.
Reúnem-se novamente e é aberta oficialmente a Montaria. O presidente do CMN, Nelson Cadavez, salientou o facto de este ser o último evento do actual mandato directivo e enalteceu toda a cooperação envolvente nesta montaria, realçando que apenas com união é possível que o sector da caça cresça e se fortaleça, conseguindo assim atingir os seus objectivos.
Foi nomeado para director de Montaria o ex-ministro de Agricultura, Arlindo Cunha, que foi o “pai” do ordenamento cinegético em Portugal nos anos 80 mas referiu que muito pouco se tem feito desde então, o que o deixa muito preocupado. “Estamos numa altura que, em Portugal e um pouco por toda a Europa, é considerado politicamente incorrecto falar de caça. As pessoas são maioritariamente urbanas e não entendem que a caça é um recurso natural fundamental para o meio rural e que, se for bem gerido e preservado, contribui de uma forma muito relevante para o país”, afirma, acrescentado que o Estado recebe todos os anos cerca de 10 milhões de euros do sector e os caçadores não têm nenhum retorno nem sob a forma de investigação nem de repovoamento.
Início da jornada
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O presidente da AFTM, António Coelho, enaltece que o resultado deste evento se deve a uma mudança de mentalidade, de uma nova atitude inclusiva em que as pessoas percebem que a criação de escala é importante em termos de identidade. “Acabar com a individualidade e dar lugar à união para que os decisores políticos entendam que existe massa critica neste sector e que tem de ser olhada de outra maneira”, frisa.
O presidente da VASFEC, Miguel Ramalho, é a pessoa a quem se atribui este resultado excepcional pois é quem trabalha arduamente para proteger e preservar esta mancha. “Este é um momento muito bonito para nós, dá muito trabalho tratar a mancha mas os caçadores aqui da aldeia guardam muito respeito a esta mancha e só assim é possível realizar uma Montaria assim. Acho que este deve ser quase um caso único no país”, afirma.
Mercado de produtos
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O município de Alfândega da Fé tem-se empenhado em tornar este como um destino de excelência cinegético. A presidente e os vereadores fizeram questão de marcar também presença. “A caça traz, sem dúvidas, mais-valias ao território e tem de se lhe ser dada a devida importância. As pessoas vêm, ficam cá, comem e compram cá e voltam sempre por isso nem poderia ser de outra maneira”, explica a autarca Berta Nunes.
A junta de freguesia daquela localidade dá também todo o apoio possível para que esta Montaria se realize sempre com a qualidade a que os caçadores já estão habituados. Durante todo o dia os Gaiteiros de Urrós, Mogadouro, animaram a festa. Seguiu-se o almoço/convívio com dois pratos de excelência, bacalhau e naco de vitela na brasa, que se prolongou pela noite fora.