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ABioquímica: onde os objetos ganham vida |
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Existe uma outra característica que une todas as formas de vida na Terra: o ambiente aquoso no interior das células. O interior das células não é propriamente líquido, mas é semelhante a um gel muito hidratado. Esta característica, reforça a ideia que todas as formas de vida emanam de origens comuns, mas vai mais além: coloca essa origem em meio aquoso. As zonas de actividade vulcânica no fundo do mar terão tido condições ótimas para acelerar o aparecimento de vida na Terra: rochas porosas onde algumas moléculas podem ficar confinadas, e temperaturas e pressões elevadas, facilitando a ocorrência de reações químicas.
Na atualidade, é grande o apelo entre bioquímicos para reconstituir o que se terá passado nos primórdios da vida, antes do aparecimento das células mais simples que conhecemos, as bactérias. Muitos bioquímicos procuram combinar as moléculas mínimas necessárias para que se organizem com as funções de uma “quase-célula”, ou seja uma proto-célula: um metabolismo mínimo, confinado num espaço concreto e capacidade para se replicar. Esta proto-célula será desconcertantemente simples, mesmo comparada com uma bactéria, mas será a primeira forma artificial de vida. Será como peças de Lego que se juntam ao acaso e formam uma construção com vida.
Miguel Castanho (Professor de Bioquímica -Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa)
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