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Ilustração artística da colisão de duas electras de neutrões - Universidade de Warwick-Mark Garlick |
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O evento anunciado em Fevereiro de 2016 tem a designação de GW150914 (significa que foi detetado em 14 de Setembro de 2015) e foi interpretado como originado pela colisão de dois buracos negros, com massas de 30 e 35 massas solares. Três outros eventos semelhantes (GW151226, GW170104 e GW170814), todos eles resultando da aproximação e colisão de dois buracos negros, foram entretanto tornados públicos pelo LIGO, o último dos quais em colaboração com o observatório Europeu Virgo, em Itália. A entrada do interferómetro Europeu no consórcio permite uma informação mais detalhada sobre uma importante característica das ondas gravitacionais, a sua polarização, bem como uma localização no céu significativamente mais precisa da fonte das ondas gravitacionais, utilizando a familiar técnica de triangulação.
Estes eventos convenceram o comité Nobel a atribuir o prémio Nobel de Física de 2017 a Kip S. Thorne, Rainer Weiss a Barry C. Barish, pelas suas “contribuições decisivas” para o detetor Laser Interferometer Gravitational wave Observatory (LIGO) e a “observação das ondas gravitacionais”. Os detetores LIGO-Virgo foram desligados para mais uma melhoria técnica que irá aumentar a sua sensibilidade no final de Agosto de 2017. Mas isso não aconteceu sem que antes nos tivessem presenteado com um quinto evento, qualitativamente novo e verdadeiramente espectacular.
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No mesmo dia, foi encontrada um novo ponto brilhante (visível no óptico) na galáxia NGC 4993, a cerca de 130 milhões de anos luz. Pela primeira vez, a fonte das ondas gravitacionais tinha sido identificada com precisão. Pela primeira vez o evento que as originou foi não só “ouvido” mas também “visto”. Foi a primeira vez de uma incrível nova era na astronomia.
Carlos A. R. Herdeiro (Departamento de Física da Universidade de Aveiro)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva