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Prioridade aos feminismos |
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A agressividade misógina expressa, tanto no discurso como no exercício da política, tem vindo a aumentar e a naturalizar-se. De Trump, nos EUA, Temer, no Brasil, ao ainda presidente do Eurogrupo, Dijsselbloem, as afirmações discriminatórias sobre as mulheres não são episódicas. Estes são apenas três exemplos desta face do conservadorismo associado ao neoliberalismo financeiro.
Outros acontecimentos são a obrigação do uso de maxi-saias nas escolas básicas e secundárias em Moçambique para prevenir o assédio e as gravidezes das adolescentes; ou as recorrentes tentativas de voltar atrás em termos legislativos sobre o direito ao próprio corpo, à sexualidade e à reprodução em Angola, Polónia, Espanha ou Brasil.
As ciências sociais têm aqui um amplo campo de pesquisa e de intervenção, a que o CES tem dado permanente atenção. Desde há seis anos, as oficinas Gender Workshop constituem espaços abertos de debate que exploram o potencial epistemológico das perspetivas feministas na compreensão da vida social e política e criam solidariedades entre lutas e agendas. Estas são abordadas a partir de diferentes contextos sociais, políticos e culturais, privilegiando-se o diálogo entre as mais variadas disciplinas e áreas de investigação.
Com a Gender Workshop desejamos mobilizar vários olhares, com lugares de enunciação distintos que possam problematizar realidades diversas, e que forneçam energias emancipatórias capazes de nos mobilizarem em torno das transformações progressistas que desejamos.
Catarina Martins, Sílvia Roque e Teresa Cunha (Centro de Estudos Sociais - CES)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva