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|Hélio Bernardo Lopes| |
Se do lado da minha neta a tarefa foi simples, com a exceção da Matemática, que teima em não querer dominar, já com o meu neto tudo foi muito desagradável, fruto da natural mudança de idade e de alguns erros educativos, o mais grave dos quais derivou de não ter sido imposto, desde muito pequenino, a regra do deitar cedo e cedo erguer. A sua falta torna-se fatal se as aulas forem à tarde, para mais com treinos obrigatórios de futebol, em que é guarda-redes titular de certa equipa que disputa um campeonato federado.
Ontem mesmo, acabei por ficar furioso em face de se recusar a falar sobre a área de opção futura. Tendo realizado ontem o seu exame de Matemática, terminou a minha intervenção até ao momento em que falte uma semana para o início do próximo ano letivo. Infelizmente, seguir-se-á mais um verão de ócio, apenas com as modernas tecnologias de inutilidade e que tanto potencial fazem perder. Resta-me, em todo o caso, a minha neta, que irá tentar falar comigo em inglês ao dia a dia, e a quem irei mostrar a estrutura física de Portugal, a sua origem, os reis, as batalhas, etc.. E ainda outras coisas, mormente de Matemática. Com ela, na idade em que está, tudo será mais simples. E também irá acompanhar comigo o noticiário televisivo da noite, o que é muito informativo e formativo. Verei com ela, sempre que puder, alguns dos filmes que os pais têm em casa.
Um dado é certo: tenho agora muitíssimo mais tempo para mim, de molde a poder ler – há dois livros do Natal ainda não lidos – o que entender, sem estar a atender a constrangimentos exteriores por via do acompanhamento da atividade escolaar dos netos. Finalmente, quase três meses de liberdade!