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|Hélio Bernardo Lopes| |
E não nutre, como se voltou à pouco a poder ver, grande simpatia pelos partidos políticos, embora se tenha atido aos seus diretórios, que serão os maus, no seu entendimento. O problema, como logo se pôde ver à saciedade, é que o seu movimento (dito) independente também tem um diretório. Nunca faltam boys, por cá e por todo o mundo, até por ser tal a natureza da temática: para onde há jobs não faltam boys.
No entretanto – teria de ser assim –, começaram a surgir modelos explicativos para o imbróglio criado por Rui Moreira. Um dos mais recentes, que se mostra bem possível, prende-se com uma hipotética sucessão de Jorge Nuno Pinto da Costa na liderança do grande Futebol Clube do Porto, objetivamente já entrado numa zona de cansaço diretivo, na respetiva projeção ao nível dos resultados desportivos no futebol.
Já se fala à boca cheia na necessidade imperativa de Jorge Nuno passar a liderança portista a alguém que conduza, de um modo rejuvenescido, os comandos do clube, voltando a projetá-lo para a zona dos êxitos a que nos habituou no consulado que ainda se mantém. E tornou-se logo evidente, desde a entrevista de Rui Moreira à SIC, que este pretende manter no lugar de quem possa vir a suceder-lhe alguém que não seja do PS. Um outro independente, digamos assim. Uma realidade que se compagina, a prazo médio, com uma sua possível saída dos comandos da autarquia portuense.
A sua adesão a um partido político, a criação de um outro, novo, ou uma corrida a Belém, mostram-se pouco prováveis. A sua saída da liderança da autarquia, no plano potencial, está lá e bem à vista, pretendendo assegurar, numa tal situação, o afastamento do PS – e da Esquerda, claro – do comando da autarquia.
É neste sentido que esta notícia recente sobre uma possível sucessão de Jorge Nuno Pinto da Costa se nos apresenta como um mui bom modelo explicativo para o estranho imbróglio criado por Rui Moreira em torno de tomadas de posição de concidadãos nossos do PS, mas perfeitamente lógicas e naturais. Veremos, dentro de muito pouco tempo, se os recentes acontecimentos não se mostrarão um isomorfismo do hiistórico ditado popular de que quem semeia ventos, colhe tempestades.