Mas o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas deverá deslocar-se hoje ao norte para em Valença do Minho apresentar “a empreitada de eletrificação” do troço da Linha do Minho que ainda não entrou em obra entre aquela cidade raiana e Viana do Castelo.
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“Constata-se, com preocupação, que continua sem ser lançado o procedimento concursal oficialmente prometido no dia 16 de janeiro, quando as empresas de cruzeiros fluviais Barcadouro, Rota do Douro e Tomaz do Douro e a CP formalizaram um acordo que veio restabelecer a cooperação entre as duas partes e vai melhorar a resposta à procura turística pelo destino Douro já a partir do próximo 1 de maio, sem afetar a mobilidade das populações”, refere o comunicado das empresas.
Sabendo apenas que a Infraestruturas de Portugal ainda aguarda autorização da respetiva tutela para abrir concurso para a elaboração do projeto de eletrificação do troço Marco-Régua, as Gerências das três empresas de turismo fluvial referidas, que em 2016 continuaram a ser os três maiores operadores marítimo-turísticos do segmento de cruzeiros diários no rio Douro,“não podem deixar de manifestar a sua estranheza face ao arrastar da situação”.
“O cronograma de execução do programa Ferrovia 2020 no que toca à Linha do Douro já estava em causa, nomeadamente com os atrasos registados nas obras de eletrificação do troço entre Caíde e o Marco de Canaveses. Continuando os prazos a resvalar no que se refere ao troço seguinte, o mais provável é que a obra acabe por descarrilar e só em 2021, para lá do fim da execução prevista do Portugal 2020, haja comboios elétricos a circular entre o Porto e a Régua”referem.
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Todas estas dúvidas e preocupações, mas também o apego e a confiança no futuro do Douro, levaram as gerências das três empresas a solicitar publicamente ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques. “que confira à da Linha do Douro a mesma atenção e tratamento que tem dispensado aos projetos ferroviários que servem outros territórios e comunidades”.
As empresas operadoras apelam ainda aos durienses e transmontanos “a começar pelos seus autarcas e comunidades intermunicipais, passando pelos deputados que os representam na Assembleia da República, organismos descentralizados da Administração Pública com presença na região, instituições do Sistema Científico e Tecnológico, agentes culturais, movimento associativo e forças da economia real, a sua disponibilidade para integrar e ajudar a suportar uma plataforma cívica, aberta a todos, que acompanhe de perto e monitorize o projeto de modernização e eletrificação da Linha do Douro até à Régua, para evitar mais desigualdades relativas e acautelar o futuro de um território que pode vir a ter no turismo um centro de proveitos tão relevante como o vinho ou o seu magnífico património ambiental”, lê-se na nota de imprensa que denuncia a preocupação das empresas de cruzeiros que operam no Douro sobre os atrasos registados no lançamento do projeto de eletrificação do troço de caminho-de-ferro Marco-Régua, considerado crucial para o bom funcionamento da prestação de serviços turísticos na região vinhateira classificada pela UNESCO como Património da Humanidade.