A omnipresença da rede

|Hélio Bernardo Lopes|
Foi com um mínimo de admiração que ontem tomei conhecimento das palavras de José Miguel Júdice, no seu tempo de comentário na TVI, mas por via de referências operadas no noticiário da meia-noite. 

Uma admiração determinada pelo facto de, aparentemente, só agora aquele ter percebido que a corrupção apresenta hoje uma distribuição densa e bastante uniforme no seio da sociedade portuguesa. Uma corrupção sempre crescente e de há muitas décadas.

Acontece que José Miguel Júdice foi Bastonário da Ordem dos Advogados, desempenhou diversas outras funções e é um advogado com grande presença no seio da nossa comunidade. De modo que fiquei algo perplexo por, aparentemente, só agora parecer dar-se conta de que o que hoje está a passar-se ao redor de mil e um concidadãos nossos possa ser a ponta de uma gigantes realidade!apresenta hoje uma distribuição densa e bastante uniforme no seio da sociedade portuguesa. Uma corrupção sempre crescente e de há muitas décadas.

Neste sentido, muito gostaria de saber como terá reagido José Miguel Júdice em face da declaração da Procuradora-Geral da República a propósito da (evidentíssima) existência de uma REDE, que teria vindo a tomar, aos poucos, um excelente controlo da máquina do Estado. Até porque não foram poucos os que, mal ouviram falar na REDE, de pronto apareceram nos ecrãs dos nossos televisores a exigirem clareza concretizadora a Joana Marques Vidal. Uma corrupio de afiçõezinhas...apresenta hoje uma distribuição densa e bastante uniforme no seio da sociedade portuguesa. Uma corrupção sempre crescente e de há muitas décadas.

A verdade objetiva destas coisas é que cada um de nós, sobretudo se já com um bom tempo de vida, tem a obrigação de saber que a corrupção, em Portugal, se constitui num fenómeno gigantesco. O modo de estar na vida dos portugueses foi sempre muito facilitador, bastando olhar como na Revolução de Abril, num ápice, quase todos deixaram de dar o seu apoio, no mínimo tácito, ao regime constitucional da II República, passando logo a ser profundamente de esquerda e fervorosos adeptos da democracia.apresenta hoje uma distribuição densa e bastante uniforme no seio da sociedade portuguesa. Uma corrupção sempre crescente e de há muitas décadas.

Há muito que Portugal se encontra minado pela corrupção e pelo controlo social da vida nacional pelos grandes interesses materiais. Só o lucro e a riqueza contam, apesar de quase todos baterem almas às palavras do Papa Francisco, quando defende o primado da pessoa e da vida em face do lucro e do deu dinheiro. O próprio Júdice, na sua intervenção televisiva de ontem, lá veio também elogiar Teodora Cardoso e as suas ideias, mas esquecendo-se de referir a essencialidade da dignidade das pessoas. Falou de tudo, nunca das pessoas. Esqueceu-se – estou a brincar, claro está – de referir o terrível fenómeno da injustíssima distribuição da riqueza, com uma minoria cada vez mais rica e a ampla maioria na cepa torta. Não consegue reconhecer, ainda hoje, que Marcelo Caetano tinha razão quando referiu, numa das suas CONVERSAS EM FAMÍLIA, que, sem o Ultramar Português, Portugal ficaria reduzido a uma província da Europa. No fundo, esqueceu-se de Almaraz e desta recente cimeira – agora a quatro –, onde já esteve presente a...Espanha.apresenta hoje uma distribuição densa e bastante uniforme no seio da sociedade portuguesa. Uma corrupção sempre crescente e de há muitas décadas.

Haja o que houver ao redor de todo este caso Marquês, ou dos mil e um outros que se conhecem ou ainda não, a realidade é gigantesca e ninguém a quer mudar. Uma coisa é o que se diz, outra a realidade no concreto da vida em sociedade. É que há um exemplo que não vem de cima, porque o que daqui surge são sempre mais e melhores facilidades para uma minoria e sacrifícios para a grande maioria da população. Por sorte e bom sendo, o Blode Esquerda, o PCP e os Verdes determinaram-se a assumir responsabilidades, centradas num Primeiro-Ministro humanista, que não olha o mundo com olhos de cifrão. Mas terão os portugueses a lucidez de não se deixarem ir em conversas? Lá para o final do ano já teremos um excelente indicador.apresenta hoje uma distribuição densa e bastante uniforme no seio da sociedade portuguesa. Uma corrupção sempre crescente e de há muitas décadas.

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