Um GPS para encontrar os cientistas cá da terra!

Tal como acontece com outras profissões, há muitos cientistas portugueses espalhados pelo mundo, oriundos de todas as regiões do país. Sabe-se alguma coisa acerca dos seus percursos pelo estrangeiro, mas menos do que habitualmente se supõe. 

Para aproximar a diáspora científica da sociedade portuguesa foi criada a rede Global Portuguese Scientists - GPS, disponível em gps.pt . É espaço de encontro, não só entre os investigadores que trabalham no estrangeiro, mas também entre estes e o nosso país.

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No mapa podemos encontrar facilmente o Ricardo Almeida , que é o cientistas português mais a sul: está na Antártida, a trabalhar na Halley Research Station. No seu perfil descobrimos que as suas áreas científicas são a física, engenharia eletrotécnica, informática e ciências da computação. Mas ficamos a saber também que o lugar em Portugal a que chama a sua terra é Campinho, no Concelho de Reguengos de Monsaraz. E podemos enviar-lhe uma mensagem de correio electrónico para a Antártida, porque o endereço está lá disponível. Também descobrimos o investigador português mais a norte, que é o Pedro Duarte , um biólogo marinho de Sintra que trabalha no Instituto Polar da Noruega. Ou a investigadora Ana Verissimo , de Cantanhede, que está no Japão.

O GPS torna os investigadores portugueses mais próximos, mesmo aqueles que estão muito longe! Alguns poderão ter planos para regressar, outros não. Mas todos podem participar em actividades no nosso país, nem que seja apenas quando cá vêm nas férias ou à distância. Conheci vários no último ano, enquanto coordenador da rede GPS, e fiquei convicto de que muitos estarão disponíveis para aprofundar as suas relações com Portugal.

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O GPS é uma rede aberta, todos se podem registar, participar e estabelecer contactos. Mas no mapa apenas aparecem os investigadores com um percurso internacional, ou seja, que tiveram um período de pelo menos três meses consecutivos de trabalho no estrangeiro. É uma iniciativa da Fundação Francisco Manuel dos Santos , em colaboração com a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva , a Universidade de Aveiro e Altice Labs . Tem ainda como parceiros várias associações de graduados portugueses no estrangeiro: a AGraFr (França), a ASPPA (Alemanha), a Native Scientists , a PAPS (América do Norte) e a PARSUK (Reino Unido).

Com mais de 2300 registos em cerca de três semanas, já está a ajudar a traçar o retrato da disposta científica portuguesa. Parte dos investigadores registados estão agora em Portugal, mas têm um percurso internacional. Sem surpresa, os países que mais atraem os cientistas portugueses são aqueles que têm sistemas científicos mais desenvolvidos, como o Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e França. Nas áreas científicas as ciência Biológicas e as ciências da saúde têm uma grande representação, mas há investigadores dos mais diversos campos do saber. A rede GPS é para todos poderem encontrar os cientistas portugueses no mapa!

David Marçal (Coordenador da rede GPS)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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