O céu de Novembro de 2016

O início deste mês de observações astronómicas é marcado pela passagem da Lua junto a Saturno na noite de dia 2. Este planeta será visível durante boa parte do mês. Igualmente ao anoitecer iremos encontrar os planetas Vénus e Marte. Este ultimo astro será visitado pela Lua no dia 6, véspera do quanto crescente.

Figura 1: Céu a Sul pelas 6 horas da madrugada de dia 12. São visíveis algumas das estrelas e constelações mais brilhantes desta parte do céu, para além dos radiantes das chuvas de meteoros das Táuridas e Leónidas e os enxames estelares das Plêiades (o Sete-Estrelo) e do Presépio (M44). Igualmente é apresentada a posição da Lua em várias madrugadas,
Por esta altura do ano ocorre uma chuva de meteoros com dois máximos de atividade nos dias 5 e 12. Estas poeiras e pequenas rochas provenientes do cometa Encke parecer-nos-ão surgir da constelação de Touro, daí o seu nome: as Táuridas. Trata-se de uma chuva de estrelas fraca, tendo no máximo uma dúzia de meteoros por hora.

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A Lua Cheia dar-se-á no dia 14, apenas duas horas depois de ter atingido o seu perigeu (o ponto da sua orbita mais próximo da Terra). Por este motivo nessa noite a Lua parecer-nos à ligeiramente maior do que é habitual (pouco mais de 10%). Esta autêntica superlua será a maior dos últimos 68 anos.

De notar que só a partir desta altura do mês é que Mercúrio será visível, aparecendo ao início da noite. Na noite de dia 15 iremos ver a Lua junto a Aldebarã, o olho da constelação do Touro. Nesta constelação destaca-se o aglomerado estelar das Plêiades ou o sete-estrelo. Apesar de praticamente só 7 estrelas serem visíveis à vista desarmada, este aglomerado tem centenas de estrelas, as quais formaram-se juntas entre 75 a 150 milhões de anos atrás.

Figura 2: Céu a poente ao anoitecer de dia 23. Igualmente é apresentada a posição da Lua, Vénus, Marte e Saturno no dia 3.
Na noite de dia 17 para 18 espera-nos segunda chuva de estrelas do mês: as Leónidas. O seu nome deve-se a que estas poeiras e rochas associadas ao cometa Tempel–Tuttle parecerem surgir da constelação do Leão. Infelizmente o facto de acontecer poucos dias depois da Lua Cheia irá limitar o número de meteoros que iremos observar, não superando as duas dezenas mesmo em condições de observação ideais.

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Na noite de dia 19 a Lua irá passar junto ao aglomerado estelar do Presépio o qual está situado na constelação do Caranguejo. Este aglomerado de estelas com 600 milhões de anos também é chamado de Colmeia, sendo o 44º objeto do catalogo de nebulosas e aglomerados estelares de Messier, e daí ter a designação M44. Este género de aglomerados estelares são bastante úteis no estudo da vida das estrelas.

Dia 21 tem lugar o quarto minguante. Nessa madrugada iremos ver a Lua ao pé de Régulo, o coração da constelação do Leão. Dos dias depois (na noite de dia 23) será a maior aproximação entre Mercúrio e Saturno. Por esta altura do mês Saturno deixará de ser visível, só voltando a aparecer a meio de Dezembro.

Na madrugada de dia 25 a Lua estará próxima de Júpiter, o qual nasce por estes dias cerca das três horas e meia da madrugada. A seu turno, pelo meio-dia de dia 29 a Lua já se terá deslocado até bem perto da direção do Sol dando origem à Lua Nova.

Boas observações!

Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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