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|Hélio Bernardo Lopes| |
De tudo tem a nomenklatura deitado mão de modo a conseguir evitar que o vencedor consiga iniciar o desempenho das funções para que foi escolhido nos termos das regras eleitorais norte-americanas, uma verdadeira balbúrdia. Desta vez, o instrumento utilizado é o dos hackers: terão sido hackers a, alegadamente, abatotar os resultados conseguidos por Donald Trump!
Este acontecimento de pronto me trouxe ao pensamento uma intervenção de Manuela Ferreira Leite, num daqueles seus programas das quintas-feiras, há já um bom tempo, onde defendeu como imperativa a introdução do voto eletrónico nas eleições portuguesas. Uma ideia sobre que logo me pronunciei, chamando a atenção para a balbúrdia que, por tal via, se iria introduzir na nossa vida política. Pois, este caso norte-americano, como um outro anterior, mostra, precisamente, que a vontade de rapidez, sem mais, se pode tornar lenta e gerar dúvidas muito perigosas.
Este caso dos tais supostos hackers é já um derivado de um outro, anterior, trazido ao debate eleitoral por Hillary Clinton: Donald Trump teria ligações com Vladimir Putin, sendo este que estaria a influenciar os resultados das eleições!! Uma cantilena sem verdade nem qualidade, mas de que Angela Merkel também já deitou uma mão preventiva.
Por tudo isto e pelos fantásticos interesses da nomenklatura mundial neoliberal, eu admito, com toda a naturalidade, que Donald Trump possa vir a ser assassinado, Até porque o modo norte-americano de estar na política contempla já, e desde há muito, este tipo de intervenção política. Até Lincoln, por via da sua luta contra a escravatura, acabou por ser assassinado.
Por fim, a mais recente singularidade posta em prática por Barack Obama, mesmo à beira do final do seu segundo mandato: distinguiu, na Casa Branca, vinte e uma personalidades com a Medalha Presidencial da Liberdade, por entre ativistas e artistas famosos.
O tal osso enorme, hoje atravessado na garganta dos que nunca imaginaram a vitória de Donald Trump, tem vindo a gerar ações de todo o tipo, em especial conduzidas por Barack Obama. E, de facto, ele foi o grande perdedor das últimas eleições, uma vez que se pôs à frente na defesa de Hillary Clinton. Depois de tudo o que disse de Donald Trump e do que fez em defesa de Hillary, Obama foi, inquestionavelmente, o grande perdedor das anteriores eleições. Deverá ser coisa difícil de engolir, e daí o surgimento mais recente dos hackers. Aceitam-se agora palpites para os próximos episódios da (dita) democracia norte-americana.