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|Hélio Bernardo Lopes| |
Num ápice, à primeira oportunidade, deitei-me a procurar o EXPRESSO, lá encontrando alguns elementos complementares aos referidos na TVI, pela voz de Rui Araújo. Mas também pouca valiam parecem ter. Em boa medida, uma razoável deceção. Não sendo tão pouco como na TVI, a verdade, porém, é que tudo se ficou em quase nada. E só não o foi mais porque sempre tive como quase certo, desde o início de tudo isto, que desta divulgação documental nada sairia de realmente válido. No fundo, tudo continua na mesma e por todo o mundo.
Interessante é olhar este caso dos Papéis da Mossack Fonseca e conjuga-lo com o que se pôde escutar dos representantes dos Estados do mundo nas Nações Unidas. Não faltam, também neste ano, as maiores manifestações das melhores boas intenções proclamadas. O grande tira-teimas está no depois, ou seja, no que acaba por se não fazer e que é quase tudo.
Por fim, a ligação de tudo isto com o patético pânico da nossa ricaçagem em face do anúncio de um novo imposto, hoje já conhecido por Imposto Pedro Mortágua, e de um modo bem distorcido. Faltou a toda a clareza da deputada do Bloco de Esquerda lembrar José Alberto Carvalho das constantes invetivas do Papa Francisco ao redor deste abismo que o modelo neoliberal e a globalização levaram às sete partidas do mundo. Como é extraordinário o Papa Francisco para a tal ricaçagem que recusa um por cento do seu património em favor de uma enorme parte dos seus concidadãos que recebem – quando recebem – seiscentos euros por mês!... Vivemos um tempo sem moral nem ética.