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| |Hélio Bernardo Lopes| |
Sem estranheza, Hillary Clinton nem uma palavra diz sobre este flagelo, uma das mais graves violações dos Direitos Humanos, sempre tão presente na História dos Estados Unidos. E se não falo de Donald Trump tal só tem por causa o facto de, sendo republicano, ser menos sensível, em princípio, a este tema.
Veremos, dentro de mui pouco tempo, se os entrevistadores trarão este tema para os debates a dois, mas, a menos que me engane redondamente, não o farão. Até porque a polícia se constitui num autêntico Estado dentro dos Estados Unidos e ainda acabariam por desencantar alguma coisita ao candidato, ou ao jornalista, que tivesse a ousadia de tratar tal tema como o mesmo merece ser tratado.
Quando escrevo este texto, a meio da manhã desta sexta-feira, ainda desconheço o lugar – ou lugares – onde terão decorrido tiroteios e mortes nos Estados Unidos. O que é certo, é que é enorme a probabilidade de tal vir a ter lugar, dado que a sociedade norte-americana sempre se suportou nesta lamentável realidade.
Convém agora recordar o papel desempenhado pelos políticos democratas dos Estados Unidos em matéria de envolvimento deste país em gravíssimos conflitos mundiais. Assim, a entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial foi operada no tempo presidencial do democrata Woodrow Wilson. Por sua vez, o democrata Franklin Roosevelt acabou, contra o que prometera na campanha eleitoral, por fazer entrar o seu país na Segunda Guerra Mundial. Seguindo-se-lhe o democrata Harry Truman, foi com este que se operou o bombardeamento nuclear às cidades japonesas. A (verdadeira) Guerra do Vietname, já com tropas no terreno, foi conduzida, muito acima de todos, pelos democratas Kennedy e Johnson, acabando por ver o seu fim com o republicano Nixon. E, por fim, as relações com Cuba, que, tendo começado no tempo de Eisenhower, atingiram o seu auge com John Kennedy, que acabou até por ser assassinado por razões ligadas, precisamente, à Máfia de que a CIA deitou mão para liquidar Fidel Castro. Entre tantas outras figuras políticas do mundo.
Foi por ser esta a realidade que os políticos soviéticos sempre preferiram presidentes republicanos a democratas. O republicano é mais claro e previsível. É mesmo mais sincero, dizendo o que pensa. Em contrapartida, o democrata, podendo mesmo ser pior, tem que mostrar-se como de esquerda, sempre atuando com o cinismo e a duplicidade necessários. De facto, Donald Trump é quase como se nos mostra, mas Hillary Clinton é totalmente distinta do modo como fala e do que apregoa. De um modo bastante injusto, evita-se sempre reconhecer a responsabilidade principal de Bill Clinton na aceleração que o terrorismo tem vindo a mostrar por todo o mundo, apenas referindo George W. Bush e a sua equipa.
Enfim, temos aí, bem à vista, o resultado de dez anos de um democrata na presidência dos Estados Unidos, a quem, algo inacreditavelmente, até foi atribuído o Nobel da Paz! Com Obama regressou o racismo, e em cheio, aumentou a percentagem de pobres e de pobreza, aumentaram, por todo o mundo, a pobreza e a guerra, mormente a religiosa, que é a verdadeira guerra que está hoje a desenrolar-se, não se resolveu a vergonha de Guantánamo, etc., etc.. Enfim, é o mundo que o fabuloso democrata Obama acabará por deixar a quem o suceder.
