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Figura 1: Céu a sudoeste pelas 20 horas e 30 minutos de dia 4. Igualmente é visível a posição da Lua nos dias 3 e 9. |
Este género de eclipse, chamado de anular, é idêntico ao ocorrido em outubro de 2005. Mas este eclipse praticamente só será visível em parte de África (situada abaixo do paralelo 30º Norte), sudoeste da Arábia, e oceano Índico.
No dia 3 encontraremos a Lua numa direção muito próxima da de Vénus. Nalgumas regiões do Ártico será mesmo possível ver a Lua a ocultar este planeta. No dia seguinte será a vez da Lua visitar a estrela Espiga da constelação da Virgem. Nesta mesma noite Saturno situar-se-á a norte de Antares, o coração da constelação do Escorpião.
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Aquando do quarto crescente de dia 9 a Lua já terá passado ao pé de Saturno que, tal como Marte, situa-se entre as constelações do Escorpião e o Serpentário. Uma semana depois (ao anoitecer de dia 16) a Lua Cheia dar-se-á entre as constelações do Aquário e dos Peixes.
Este novo alinhamento entre o Sol, a Terra e a Lua junto ao plano da órbita terrestre dará origem a um eclipse lunar. Aquando do ocaso em Portugal Continental (pelas 19 horas e 43 minutos hora local), este evento já irá a meio, terminando pelas 21 horas e 53 minutos. Trata-se de um eclipse penumbral, pois a Lua apenas irá atravessar a parte da sombra terrestre causada pela ocultação parcial do Sol: a penumbra, Na noite de dia 18 será a vez de Vénus passar ao lado da estrela Espiga.
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Figura 2: Céu a sudeste pelas 22 horas de dia 16. |
No entanto, os equinócios não são a altura do ano em que os dias têm a mesma duração que as noites. No caso do equinócio de outono isto ocorre três dias depois dele. Tal deve-se à refração atmosférica (fenómeno semelhante ao que acontece à luz que atravessa um copo de água) que faz com que ao nascer e pôr-do-sol vejamos este astro algo acima da sua real posição, aumentando assim ligeiramente a duração de cada dia.
Finalmente, no dia 28 encontraremos a Lua junto a Régulo, o coração da constelação do Leão. Estes astros irão nascer cerca de duas horas e meia antes que o Sol, e não ao amanhecer como sucedido no dia 1.
Boas observações!
Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva