sta do Avante relembrou Leandro Vale |
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A homenagem prestada por alguns dos seus camaradas de partido, decorreu no espaço consignado a Trás-os-Montes pela organização da referida festa, concitando o interesse de umas dezenas de pessoas, que ignorando os ruídos das zonas envolventes, concentraram a sua atenção no tributo que o Partido Comunista Português entendeu prestar a este “construtor de sonhos e utopias”, ou se quisemos, a este andarilho que não se limitou a andar por aí.
Segundo nos confidenciou um dos espectadores da iniciativa “ fizemos o que devíamos”, frase que recupera uma expressão de Padre António Vieira, segundo a qual ”quem fez o que devia, devia aquilo que fez”, confirmada, de algum modo, na intervenção de Modesto Navarro quando na sua alocução referiu ser “da mais elementar justiça esta homenagem da festa, a quem ao longo dos anos corporizou diversas personagens com elevada mestria e arte.”
Para o conhecido escritor transmontano, “Leandro Vale sempre se assumiu como um trabalhador das artes e das letras que esteve ao lado dos mais desfavorecidos”, razão pela qual sustentou, “apesar de ter estado em Lisboa a fazer teatro, cedo deixou que o desejo de abrir novos caminhos para o teatro falasse mais alto, impelindo-o a seguir para onde considerava ser mais necessário o seu contributo na luta contra o obscurantismo e o reaccionarismo.”
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Essa sua capacidade de entrega às causas da justiça e aos valores da liberdade e da fraternidade, seria, de resto, realçada por Johana Tablada de La Torre, Embaixadora de Cuba em Portugal, quando afirmou: “Cuba tem e terá sempre a memória de um amigo que perdurará nos nossos corações. Um homem que teimava em levar a cabo a tarefa de concretizar os ideais de justiça, paz e desenvolvimento, mesmo que tal se afigurasse difícil.” Para a representante de Cuba no nosso país, “ a força da sua convicção instigava-o permanentemente a continuar a luta por esses valores, logo, pelo desenvolvimento humano, utilizando a cultura como ferramenta desse desígnio.”
Na mesma linha de raciocínio de expressou Pedro Estorninho, Membro da Direcção do Sector Intelectual do Porto da aludida força partidária, sustentando que “ falar de Leandro Vale é falar de teatro e do sonho que ele nos outorgou. Alguém que nunca procurou facilidades, porque intentava algo de novo, levando esse sonho às aldeias e às populações que até aí nunca tinham tido a possibilidade ver teatro ao vivo”. Antecedendo a intervenção emocionada de Adriano Reis, seu camarada de Torre de Moncorvo, que sublinhou “ o papel que o malogrado actor, - falecido em Abril de 2015-, desempenhou no quadro da dinamização cultural do concelho e da divulgação dos ideais comunistas”, Inês Leite interpretou ‘à capela’ alguns temas do cancioneiro tradicional português.
Fernando Fitas