![]() |
Imagem artística de um exoplaneta a trânsitar a sua estrela-mãe, com trajetória que o leva a ocultar uma mancha da estrela. |
PUB
Anuncie no Notícias do Nordeste! Contacte-nos!
Consulte a tabela de preços
Mahmoudreza Oshagh, que atualmente a trabalhar no Instituto de Astrofísica da Universidade Georg-August, mas que desenvolveu o trabalho deste artigo enquanto bolseiro de pós-graduação no IA, comenta: “Os nossos resultados mostram que os exoplanetas com órbitas alinhadas são os que mais facilmente podem ser mal identificados como estando desalinhados devido à atividade estelar. O nosso estudo pode inclusive fornecer explicações para alguns casos com resultados contraditórios, como por exemplo o exoplaneta WASP-19b”.
Este estudo mostra que o erro nas estimativas da inclinação das órbitas dos exoplanetas pode chegar até aos 30 graus, em especial para planetas pequenos que transitem perfeitamente alinhados e de perfil.
As simulações mostraram ainda que observações no infravermelho próximo são menos afetadas pela atividade estelar. “Este resultado indica que as observações do efeito RM devem fazer parte dos objetivos dos futuros espectrógrafos que irão observar no infravermelho próximo, como é o caso do SPIRou , NIRPS , nos quais os investigadores do AI estão fortemente envolvidos.”
Nuno Cardoso Santos (IA e Universidade do Porto ) comenta ainda: “Este estudo é muito importante para a análise de alta precisão de dados provenientes da nova geração de instrumentos, que inclui o espectrógrafo de alta resolução ESPRESSO , a ser instalado no VLT , do ESO .” A equipa do IA encontra-se neste momento no VLT (Observatório do Paranal, Chile), a instalar uma parte deste instrumento.
Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva