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Fig.1 - O LUX (Large Underground Xenon experiment). Crédito: C.H. Faham e LUX collaboration. |
A matéria negra interage com a matéria normal apenas através da força da gravidade e não emite nem absorve luz. Sabemos hoje que constitui cerca de 25% do conteúdo energético do Universo enquanto que a matéria normal, de que somos feitos, constitui apenas 5%. A constituição da matéria negra permanece um mistério e alvo de intensa investigação.
Os suspeitos “favoritos” dos cientistas são partículas elementares maciças designadas genericamente por WIMPs (Weakly Interacting Massive Particles), postuladas por teorias super-simétricas. Uma outra alternativa popular consiste no axião, uma partícula hipotética que explicaria a não preservação de algumas simetrias pela força nuclear forte, e que, a existir, deverá ser bem mais leve do que os WIMPs.
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As centenas de metros de rocha maciça oferecem-lhe protecção dos raios cósmicos que bombardeiam incessantemente a Terra e que podem dar origem a falsos positivos. O detector é constituído por um tanque contendo 370 kg de xenon, um gás nobre, a muito baixa temperatura, no estado líquido. O tanque tem foto-detectores em ambas as extremidades capazes de detectar minúsculos flashes de luz produzidos por WIMPs quando colidem, em raríssimas ocasiões, com os átomos de xenon (Figura 2).
A comunidade científica aguardava, portanto, com grande antecipação, os resultados dos últimos 20 meses de funcionamento do LUX e que foram anunciados no passado dia 21 de Julho. E o resultado foi… nada, nem uma detecção! O mais extraordinário é que a experiência não detectou nenhum sinal de partículas entre os 0.2 GeV/c² (com cerca de 20% da massa do protão) e os 1000 GeV/c² (10 vezes mais maciças do que o quark “top”, a partícula fundamental mais maciça conhecida).
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Luís Lopes
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva