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|Hélio Bernardo Lopes| |
E isto apesar de estar convicto de que a explicação já reiteradamente dada pelo Ministro das Finanças, Mário Centeno, está inteiramente correta. A verdade é que o que parece acaba, em muitas situações, por passar a ser.
A atitude assumida até aqui por Vítor Constâncio tem diversas vertentes negativas. Em primeiro lugar, ele não teria nunca que responder a temas sobre que só deve explicações ao Parlamento Europeu.
Em segundo lugar, fica, como já escrevi, a ideia de que poderá temer ser posto em contradição com aspetos diversos do caso. Em terceiro lugar, esta atitude, em minha opinião, comporta um grau de ilegalidade, dado que, nos termos da legislação portuguesa, qualquer português não pode recusar-se a estar presente numa comissão deste tipo, embora podendo responder com entender. E se em certos domínios ele só tiver que responder perante o Parlamento Europeu, pois é isso que deve invocar na comissão da nossa Assembleia da República.
E, em quarto lugar, Vítor Constâncio parece mostrar alguma desconsideração pelas instituições portuguesas, neste caso pela Assembleia da República. Uma situação que, apesar do estado de apatia que se abateu sobre a comunidade portuguesa, nunca irá deixar de contar. Os portugueses nunca irão esquecer esta atitude de Vítor Constâncio, secundarizando a Assembleia da República, para mais tendo até liderado o PS durante algum tempo. É simplesmente lamentável, esta atitude Vítor Constâncio.